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Lucia Laguna
Divulgação


Há pintores que veem a tela em branco como um tormento. A artista carioca Lucia Laguna poderia até se enquadrar nesse grupo, não fosse a decisão de transformar o quadro em um espaço de comunhão. Isso porque, antes de iniciar uma nova obra, quem desenha os primeiros traços são seus assistentes. “Quando alguém faz o primeiro borrão, a primeira mancha, já abre um horizonte para procurar outras formas, ideias e cores”, explica. A artista, que até a década de 1990 era professora de língua portuguesa e se rendeu às artes plásticas quando conheceu os cursos da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, tem como ponto de partida o que está no seu entorno, dos cantos do ateliê ao jardim. A paisagem que retrata, no entanto, assume nas telas novas combinações e escalas. “Os portões estão acumulados, a escada aparece no alto, não dá para determinar onde é a entrada”, diz Lucia ao descrever Paisagem nº 126 (2021). Não à toa, seus quadros podem ser vistos e
pendurados de diferentes lados. “O horizonte pode estar em qualquer lugar”, resume.

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