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Deborah Secco - Foto Reprodução Instagram
Deborah Secco – Foto Reprodução Instagram

Reality propõe novas formas de relacionamento

Deborah Secco está prestes a estrear em um novo papel na carreira. A partir de sexta-feira (18), o público poderá vê-la como apresentadora do reality show Terceira Metade, produção original do Globoplay. No programa, a atriz conduz uma proposta inédita no Brasil: ajudar casais não monogâmicos a encontrar uma terceira pessoa para integrar a relação.

Mesmo sabendo que o tema pode soar polêmico para parte da audiência, Deborah diz estar completamente à vontade. “Tabu não, nenhum assunto. Eu estou aberta para ouvir todos e debater sobre todos. Alguns ainda são impossíveis pro meu grau evolutivo, mas adoro ouvir pessoas que estão à minha frente e ajudar pessoas que estão atrás. Aliás, eu acho que nada nunca me chocou, eu sempre entendi muito o diferente”, afirma.

Entrega total à proposta do programa

Apaixonada por realities desde os primeiros anos do Big Brother Brasil, Deborah lembra que já havia participado como convidada do BBB 8. No Terceira Metade, ela se sentiu inteiramente envolvida com os participantes.

“Eu me sinto na função de conselheira e futura amiga de todos os participantes de reality e ali não foi diferente, eu estava assistindo de dentro, mas eu estava assistindo. Então, rapidamente, eu criei minha leitura de jogo (…) e criei com eles a relação que eu crio com os participantes que eu vejo pela tela, de amigos. E que privilégio poder estar dentro dessa dinâmica”.

Carreira versátil e cheia de aprendizados

Atualmente, Deborah também integra o elenco da terceira temporada de Rensga Hits, no Globoplay, e participa do humorístico Aberto ao Público, da TV Globo. Com 37 anos de carreira, ela celebra a variedade dos projetos em que atua.

“Hoje, eu sou muito mais feliz com uma carreira com erros e acertos do que se eu tivesse uma carreira só de acertos, porque a gente acaba se cobrando muito e se julgando muito. Foram muitos anos de muita cobrança e muito julgamento. Hoje, eu tento levar tudo de forma muito mais leve. Fico muito feliz que consigo essas possibilidades tão ecléticas mesmo. Elas chegam a mim, e a gente vai desenvolvendo coisas tão diferentes umas das outras”, destaca.

Contra rótulos e limitações

Deborah rejeita qualquer tipo de enquadramento em padrões fixos. Para ela, a liberdade criativa e pessoal é essencial. “Odeio rótulos, odeio ter que caber no que as pessoas esperam de você. A gente pode caber em todos os lugares. Gosto mais do que não sei se eu sei fazer.”

Acostumada à exposição desde a infância, ela reconhece que isso é parte natural de sua vida pública. “Tem uma parte que não é opcional, que é condição. Sou uma pessoa pública, as pessoas têm curiosidade sobre isso e vão falar muito sobre. Teve momentos que eu quis falar mais… Hoje estou num momento que eu tento falar menos, mas não me incomoda, não. Me incomoda, às vezes, ser limitada a 15 segundos de fala. Eu dou uma entrevista, às vezes de duas horas, e aí viraliza um corte de 15 segundos e ‘ah, ela só fala disso, ela só faz isso’. Não, eu falo sobre milhões de outras coisas. O que vocês querem ouvir, o que viraliza, o que engaja é isso, aí não é culpa minha.”

Liberdade com responsabilidade e respeito

Mesmo com a coragem de ser autêntica, Deborah sabe equilibrar o que expõe de si e o que preserva dos outros. Ela cita, por exemplo, o cuidado com a privacidade da filha Maria Flor, de 9 anos, e do parceiro, o produtor musical Dudu Borges.

“Eu sempre me sinto muito confortável para falar sobre mim…, mas eu sempre vou me respeitando no que me faz bem no momento. E falar sobre as pessoas que estão dispostas a serem expostas. Sempre tive muito respeito por todas as pessoas que cruzaram o meu caminho, sejam elas parceiros, amigos, família”.

Ela complementa: “Nunca vou falar sobre alguém publicamente sem que essa pessoa esteja completamente ciente ou que isso tenha sido supercombinado entre nós”.

Respeito às diferenças no amor

Ao tratar da não monogamia, Deborah reforça que não busca convencer ninguém, mas sim promover o respeito. “Eu nunca quis que ninguém mudasse de opinião porque eu penso de uma forma, nunca quis que as pessoas pensassem como eu, que vivessem como eu. Eu sempre quis que elas respeitassem as minhas escolhas, assim como eu respeito as escolhas delas. O Terceira Metade fala muito sobre isso, sobre a pluralidade humana, porque eu vivo hoje uma relação monogâmica, mas uma relação monogâmica honesta, viva, conversada, debatida, e talvez eu tenha aprendido esse modelo com a não monogamia”.

Durante as gravações, ela percebeu que há diversos tipos de acordos possíveis nessas relações. “A gente viu (na gravação do programa) diversos modelos e entendeu que a única coisa que esses modelos têm em comum, e que talvez seja o sucesso disso tudo, é fazer e refazer combinados. Muitas pessoas já me perguntaram ‘você tem uma relação aberta?’. Não, nunca tive uma relação aberta, minha relação sempre foi viva, conversada, negociada, dia após dia. Hoje é um dia, amanhã vai ser outro.”

Coragem como motor da liberdade

Por fim, Deborah afirma ter orgulho da coragem que tem para se posicionar. “Me sinto muito corajosa. Muito. Pra ser quem eu sou publicamente.”

Ela ainda fala sobre a importância de viver a sexualidade de forma livre e sem culpa. “Eu sou uma pessoa sem preconceitos, eu sou uma pessoa que vejo a vida de forma mais livre, eu sou uma pessoa que não acredita que sexo seja errado. Todos nós somos frutos de uma relação sexual, não é possível que, em 2025, ainda haja isso como tabu. O meu maior milagre, a minha maior alegria, veio de uma relação sexual, que é a minha filha.”

“Pra mim, isso não é feio, não é errado e não é tabu. E ter prazer também, nesse momento, não é feio, não é errado e não é tabu. Mas, sei lá, tem que ter coragem, porque, socialmente, ainda se prega o contrário, socialmente, isso ainda é feio, socialmente, ainda é errado. Ter preconceitos… hoje, a gente está brigando pra que isso seja crime, mas as pessoas ainda acham que é o normal, que é o certo… Eu não acho e não vou achar mesmo e vou ser corajosa pra dizer que não acho”.

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