Publicidade
Raquel Villar
Foto: Larissa Kreili

Morando há oito anos na Alemanha, Raquel Villar voltou a sentir o gosto de fazer arte no próprio país ao interpretar Jasmin, sua personagem na série “DOM”. A artista, que coincidentemente estava de passagem pelo Brasil quando o casting para a produção estava em andamento, foi a última cartada de Raoni Seixas, produtor de elenco, e do diretor Breno Silveira para encontrarem a atriz ideal que daria vida à namorada do protagonista Pedro Dom (Gabriel Leone).

“Vim para o Brasil para resolver questões familiares, mas acabei ficando um pouco mais por conta de uma peça de teatro que ia fazer. Foi aí que Raoni me escreveu para falar sobre Jasmin e que eles não estavam conseguindo encontrar uma atriz para interpretá-la. Perguntou se me interessava e o encontro com o diretor foi no dia seguinte. Aconteceu tudo muito rápido, todo o processo durou no máximo cinco dias”, lembrou Raquel em entrevista ao GLMRM.

Agora, a atriz acaba de concluir as gravações da segunda temporada da produção e confessa que a experiência que teve ao interpretar Jasmin trouxe muitas reflexões sobre atuar no Brasil atualmente: “Já estava com saudades, acho que ‘DOM’ foi o meu gancho de volta, pelo menos em partes. Estou vivendo um pouco aqui e um pouco lá, dependendo dos trabalhos. Foi muito importante viver tudo isso para continuar refletindo e entendendo cada vez mais sobre o que quero fazer como artista e quais histórias me motivam”.

Foto: Divulgação/Larissa Kreili

“‘DOM’ foi o meu gancho de volta, pelo menos em partes”

Raquel Villar

Apesar da distância geográfica, Raquel diz ser impossível não se sentir próxima do Brasil: “Não tem como não estar conectada ao que está acontecendo por aqui, aqui é minha casa, minha família. Sinto que às vezes fico mais tensa com os acontecimentos quando estou em Berlim do que quando estou no Rio. Infelizmente, aqui a gente tende a naturalizar muita coisa, como uma forma de seguir em frente sem se sufocar com as barbaridades diárias talvez. Mas anestesiada não ficarei, não importa onde estiver”.

Reconhecida nacionalmente por seus diversos papéis nas telinhas, como nas novelas “Gabriela” e “Amor à Vida”, ambas da TV Globo, Raquel entrega que só pensa em voltar a fazer novela “se for uma história importante de ser contada, um personagem interessante que me estimule como atriz”, mas pontua: “Acredito que precisamos mudar muitos estereótipos que ainda são reproduzidos por ali”.

Vivendo diariamente o sonho de criança de ser atriz e viver da profissão, Raquel lembra que o caminho não foi nada fácil, “mas cheguei”. “No Brasil temos muitos talentos, mas muitas vezes não conseguimos desenvolve-los pela falta de políticas públicas. Arte faz parte da educação, pois é também através dela que questionamos e refletimos. A educação pode nos libertar de um ciclo que começou lá em 1500, e as artes abrem a nossa imaginação para uma compreensão sobre tudo isso e sobre nós mesmos”, refletiu a artista.

Foto: Divulgação/Larissa Kreili

VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump tenta ressuscitar a franquia Rush Hour ao se aproximar de investidores e de Brett Ratner, num movimento que parece mais político do que cinematográfico. A proposta mistura nostalgia, estratégia cultural e a tentativa de reabilitar nomes controversos, mas enfrenta um mercado que não demonstra demanda real por um quarto filme. O episódio revela mais sobre a necessidade de Trump de reafirmar sua persona pública do que sobre qualquer impulso criativo em Hollywood.
Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise foi o grande nome do Governors Awards ao receber, após 45 anos de carreira, seu primeiro Oscar — um honorário. Em um discurso íntimo e preciso, ele relembrou a infância no cinema e reafirmou que fazer filmes “é quem ele é”. A entrega por Alejandro Iñárritu, seu novo parceiro em um projeto para 2026, reforçou o peso artístico do momento. Nos bastidores, o prêmio foi visto como aceno da Academia a um dos últimos astros capazes de mover massas ao cinema. Uma noite que selou não só um reconhecimento tardio, mas também a necessidade de Hollywood de se reconectar com sua própria grandeza.

Instagram

Twitter