Publicidade
Diários de Andy Warhol
DIvulgação

Insegurança com sua aparência e até com seu incensado trabalho artístico, negação de sua homossexualidade, amores mal resolvidos, o surgimento da Aids e a eterna busca pela juventude. Sim, Andy Warhol, um dos maiores artistas contemporâneos, intitulado “pai da pop art”, sofreu muito com questões relacionadas à sua autoestima.

Depois de levar três tiros na barriga, em 1968, até sua morte, em 1987, ele passou a ligar todas as manhãs para a amiga Pat Hackett para ditar uma espécie de diário contando passagens de sua vida. Em 1989, Pat publicou “Diários de Andy Warhol”, um compilado de 1.200 páginas dessas conversas.

O livro acaba de ganhar versão audiovisual na Netflix, em formato de minissérie, dirigida e roteirizada por Andrew Rossi, e produzida pelo onipresente Ryan Murphy. Nem precisa dizer que o documentário se tornou o queridinho do momento e assunto das rodas. E não por acaso. A produção vem recheada de imagens – fotos e vídeos, muitos deles captados pelo próprio Warhol, que adorava registrar tudo o que via, o que nos faz mergulhar de cabeça em seu rico, dramático e badalado universo. Tudo narrado em off com a voz de Andy, reproduzida por meio de inteligência artificial.

Divulgação

Dois momentos merecem atenção especial na série. Primeiro, o surgimento de Jean-Michel Basquiat. O artista rebelde e prodígio, que aos 20 e poucos anos já era sucesso de crítica e público, aparece como um cara doce, ao contrário do que se possa imaginar, bom filho e grande amigo de Andy – apesar dos sérios problemas com drogas que levaram à sua morte precoce, de overdose de heroína, aos 27 anos. Basquiat se tornou um ícone da arte, da moda… e o que era lindo? Aff!

Outro destaque é quando Warhol vai ao aniversário de Sean Lennon, ainda um garoto, no edifício Dakota, em Nova York, onde vivia com os pais John Lennon e Yoko Ono. Na ocasião, Andy se surpreendeu ao se encontrar com um certo jovem genial, que compareceu à festinha para instalar um computador (uma raridade na época) dado de presente ao aniversariante. O rapaz em questão era ninguém menos que Steve Jobs, que depois acabou ensinando o “pai da pop art” a fazer suas pinturas digitalmente. Enfim… está sem programação para este fim de semana? A boa é maratonar “Diários de Andy Warhol”!

VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump tenta ressuscitar a franquia Rush Hour ao se aproximar de investidores e de Brett Ratner, num movimento que parece mais político do que cinematográfico. A proposta mistura nostalgia, estratégia cultural e a tentativa de reabilitar nomes controversos, mas enfrenta um mercado que não demonstra demanda real por um quarto filme. O episódio revela mais sobre a necessidade de Trump de reafirmar sua persona pública do que sobre qualquer impulso criativo em Hollywood.
Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise foi o grande nome do Governors Awards ao receber, após 45 anos de carreira, seu primeiro Oscar — um honorário. Em um discurso íntimo e preciso, ele relembrou a infância no cinema e reafirmou que fazer filmes “é quem ele é”. A entrega por Alejandro Iñárritu, seu novo parceiro em um projeto para 2026, reforçou o peso artístico do momento. Nos bastidores, o prêmio foi visto como aceno da Academia a um dos últimos astros capazes de mover massas ao cinema. Uma noite que selou não só um reconhecimento tardio, mas também a necessidade de Hollywood de se reconectar com sua própria grandeza.

Instagram

Twitter