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Renata Sorrah
Renata Sorrah como Wilma. Foto: Divulgação/Globo/ Manoella Mello

Após eternizar a vilã Nazaré, de “Senhora do Destino”, Renata Sorrah agora tem um novo desafio: dar vida a Wilma, uma atriz que não deu certo na profissão e vive em função do filho Liu Lorenzo (José Loreto). A personagem faz parte de seu próximo trabalho em “Vai na Fé”, novela das sete, da TV Globo, que estreia em 16 de janeiro no lugar de “Cara e Coragem”.

Para a veterana das telinhas de 75 anos, Wilma não pode ser considerada uma vilã na qual todos estão acostumados a ver em obras, mas sim uma mulher sem noção que tenta ser chique, porém é cafona e se depara com o etarismo. “Desde a primeira vez que li o roteiro, percebi que Wilma não é vilã. Ela não tem as características da teledramaturgia. É apenas uma mulher sem noção, sem filtro e meio grossa. Mas não a vejo como vilã”, explicou Renata em coletiva de imprensa.

“Wilma não pôde continuar o estrelato por conta da idade. Começaram a achá-la muito velha, dá para acreditar? Ela sofreu etarismo na carreira dela. Ela queria fazer a Jade, mas Giovanna Antonelli pegou o papel em ‘O Clone'”, brinca a atriz sobre a nova personagem. “Vocês parem com esse negócio de que 40 anos é velho, gente, São todos jovens, maravilhosos e 40 anos é tudo”, emenda em tom descontraído com os entrevistadores.

“Não sou essa mulher”

Renata, no início, até chegou a pensar que a personagem tinha tudo haver com ela justamente pelo seu currículo glorioso, já que fez grandes peças e é talentosa. No entanto, deixou para trás esse pensamento, pois a personagem, no passado, era carreirista e competia com colegas, querendo ser a última bolacha do pacote. E, por mais que a carreira de Wilma não tenha dado certo por conta da idade, a então ex-atriz não se tornou uma estrela melancólica que “fica no quarto relembrando o passado” e colocou a cara a tapa para ser a empresária do filho cantor.

“Ela ama aquele filho e é dura com ele. Eu achava que ela era parecida comigo, mas eu não sou essa mulher que ela virou. Acho que ela era carreirista no passado, competindo, querendo ser estrela, e veio essa coisa do etarismo, então ela não pôde continuar”.

Além da carreira interrompida e o amor pelo filho, a trama de Wilma também passa pelo relacionamento com Fábio (Zé Carlos Machado), no qual tentou misturar romance de novela com a vida real após tentar dar o golpe da barriga, e se separou.

“Ela é completamente sem noção, sem filtro. O que a salvou foi o Lui; ele trabalhando, sendo cantor e ela empresária dele. Às vezes, ela o acha cafona, e ela é essa mulher que hoje em dia vive para o filho, mas tem uma carreira”.

Escrita e criada por Rosane Svartman, e com direção artística de Paulo Silvestrini, “Vai Na Fé” promete ser o novo sucesso da TV Globo reunindo um elenco de peso. A obra é escrita por Mário Viana, Pedro Alvarenga, Renata Corrêa, Renata Sofia e pesquisa de Paula Teixeira. A produção é de Mariana Pinheiro, e a direção de gênero é de José Luiz Villamarim.

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