Publicidade
Festival do Rio inaugura 26º edição com filmes nacionais na programação
O Festival do Rio acontece entre os dias 3 e 13 de outubro – Reprodução Instagram (@carooolduarte)

A programação do Festival do Rio conta com produções nacionais

O Festival do Rio, renomado evento cinematográfico brasileiro, inaugura sua 26ª edição nesta quinta-feira, dia 3 de outubro. O evento traz uma seleção de filmes aclamados na recente temporada de festivais internacionais.

A sessão de abertura, destinada a convidados, ocorre no icônico Cine Odeon, que se aproxima de seu centenário e resplandece com o glamour dos tempos áureos das salas de cinema. Além disso, a noite será marcada pela estreia de “Emilia Pérez”, dirigido pelo cineasta francês Jacques Audiard.

Este musical, que competiu pela Palma de Ouro em Cannes, apresenta um elenco estrelado por Selena Gomez, Zoe Saldana, Adriana Paz e Karla Sofía Gascón. As atrizes foram agraciadas coletivamente com o prêmio de melhores atrizes no festival. A obra, falada e cantada em espanhol, narra a história de uma líder do tráfico no México, interpretada por Gascón, que está em processo de transição de gênero.

Produções

Enquanto isso, ao seguir a tradição do ano anterior, o festival exibe novamente o vencedor do Leão de Ouro do Festival de Veneza. “O Quarto Ao Lado”, primeiro trabalho em inglês do aclamado diretor Pedro Almodóvar, traz Tilda Swinton e Julianne Moore em uma tocante narrativa sobre afeto e as escolhas frente a um fim inevitável.

No filme, Martha, interpretada por Swinton, é uma repórter de guerra com um diagnóstico terminal que decide encerrar sua vida para evitar sofrimento. Ao reencontrar Ingrid, uma antiga amiga, as duas se reconectam até que Martha faz um pedido surpreendente. De acordo com a Folha de SP, a produção reacendeu debates sobre eutanásia durante sua exibição no festival italiano.

Após o sucesso de “Pobres Criaturas” no Oscar passado, ainda que não tenha vencido na categoria principal diante de “Oppenheimer”, há grandes expectativas para “O Quarto ao Lado” nesta temporada. Entre os destaques internacionais do Festival do Rio estão “Bird”, dirigido por Andrea Arnol; “The Seed of the Sacred Fig”, do cineasta iraniano Mohammad Rasoulof, que fugiu de seu país para apresentar sua obra em Cannes; e “Parthenope”, do italiano Paolo Sorrentino.

Nacionais

No âmbito nacional, “Baby”, dirigido por Marcelo Caetano e exibido na semana da crítica em Cannes, compete na categoria de melhor longa-metragem de ficção. A competição inclui também “Retrato de um Certo Oriente”, baseado na obra literária de Milton Hatoum e dirigido por Marcelo Gomes. Além disso, há”Entre Seus Mortos”, sob a direção de Marco Dutra; “Os Enforcados”, realizado por Fernando Coimbra; e “Malu”, protagonizado por Carol Duarte.

Nos documentários apresentados no festival destacam-se “A Queda do Céu”, de Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha. A produção se inspira na obra homônima que confronta valores ocidentais com a cosmologia yanomami. Outro destaque é “Apocalipse dos Trópicos”, novo projeto de Petra Costa que investiga a influência religiosa nas decisões políticas brasileiras.

O Festival do Rio acontece entre os dias 3 e 13 de outubro, com programação detalhada disponível no site oficial.

VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump tenta ressuscitar a franquia Rush Hour ao se aproximar de investidores e de Brett Ratner, num movimento que parece mais político do que cinematográfico. A proposta mistura nostalgia, estratégia cultural e a tentativa de reabilitar nomes controversos, mas enfrenta um mercado que não demonstra demanda real por um quarto filme. O episódio revela mais sobre a necessidade de Trump de reafirmar sua persona pública do que sobre qualquer impulso criativo em Hollywood.
Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise foi o grande nome do Governors Awards ao receber, após 45 anos de carreira, seu primeiro Oscar — um honorário. Em um discurso íntimo e preciso, ele relembrou a infância no cinema e reafirmou que fazer filmes “é quem ele é”. A entrega por Alejandro Iñárritu, seu novo parceiro em um projeto para 2026, reforçou o peso artístico do momento. Nos bastidores, o prêmio foi visto como aceno da Academia a um dos últimos astros capazes de mover massas ao cinema. Uma noite que selou não só um reconhecimento tardio, mas também a necessidade de Hollywood de se reconectar com sua própria grandeza.

Instagram

Twitter