Publicidade
Madonna
Foto: Reprodução/Instagram

Madonna contou à “V Magazine” que sua única inspiração na música tem sido o recente álbum “Donda”, de Kanye West (ou Ye, como adiantamos por aqui). No ensaio, que presta tributo à Marilyn Monroe, a cantora de 63 anos fala sobre sua visão de mundo, reflete sobre a indústria da música e sobre sua carreira – aliás, planos de aposentadoria não estão no horizonte para os velhofóbicos de plantão.

“Nem penso na minha idade, para falar a verdade. Eu apenas continuo. Mesmo quando realizei quase toda a minha turnê em agonia, não tinha cartilagem restante em meu quadril direito, e todos continuavam dizendo: ‘Você tem que parar, você tem que parar’. Eu disse: ‘Não vou parar. Eu irei até o fim.”

Madonna

Cultura do cancelamento

“A questão é que quanto mais silencioso você fica, quanto mais temeroso você fica, mais perigoso tudo se torna. Estamos dando poder fechando a boca completamente.” Inclusive, a cantora foi duramente criticada pelo ensaio, tido como “tributo inapropriado” pelo tabloide “The Mirror”, porque ela posou de forma sexy na cama em que Marilyn Monroe morreu. O ensaio é uma ode ao ensaio de Bert Sterns antes de sua morte, em 1962, aos 36 anos, por “provável suicício” por overdose, uma vez que foram encontrados vestígios de drogas muitas vezes acima do limite letal.

Inspiração em Kanye West

“Quer dizer, a única coisa que ouvi recentemente que me inspirou foi o álbum ‘Donda’ de Kanye. Existem muito poucos artistas trabalhando para o fracasso. E eu sinto que ele está. Não posso dizer que concordo com toda a sua política e a maneira que ele pensa sobre as mulheres, ou pessoas solteiras fazendo sexo, ou a comunidade gay. Mas seu trabalho está no fio da navalha e é inspirador e raro. Todo mundo estava esperando tanto tempo que seu álbum fosse lançado e então, finalmente, quando ele foi lançado, o álbum de todos os outros foi lançado também. E ele ainda se destacou.”

VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump tenta ressuscitar a franquia Rush Hour ao se aproximar de investidores e de Brett Ratner, num movimento que parece mais político do que cinematográfico. A proposta mistura nostalgia, estratégia cultural e a tentativa de reabilitar nomes controversos, mas enfrenta um mercado que não demonstra demanda real por um quarto filme. O episódio revela mais sobre a necessidade de Trump de reafirmar sua persona pública do que sobre qualquer impulso criativo em Hollywood.
Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise foi o grande nome do Governors Awards ao receber, após 45 anos de carreira, seu primeiro Oscar — um honorário. Em um discurso íntimo e preciso, ele relembrou a infância no cinema e reafirmou que fazer filmes “é quem ele é”. A entrega por Alejandro Iñárritu, seu novo parceiro em um projeto para 2026, reforçou o peso artístico do momento. Nos bastidores, o prêmio foi visto como aceno da Academia a um dos últimos astros capazes de mover massas ao cinema. Uma noite que selou não só um reconhecimento tardio, mas também a necessidade de Hollywood de se reconectar com sua própria grandeza.

Instagram

Twitter