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Eduardo Moscovis
Foto: Divulgação/Fabio Braga/TeTo

Após interpretar um homem violento na série “Bom Dia, Verônica”, Eduardo Moscovis agora dá vida a um marido dedicado e afetuoso no novo filme de Gustavo Rosa de Moura, “Ela e Eu”, que estreia nos cinemas em 21 de julho.

Vivendo com um novo amor no longa, o personagem de Moscovis, Carlos, precisa lidar com o despertar do coma de sua mulher, Bia (Andrea Beltrão), que entrou em estado vegetativo há 20 anos durante o nascimento da filha do casal, Carol (Lara Tremouroux).

Mesmo sendo um papel oposto ao da série da Netflix, em que vive um agressor de mulheres, Moscovis continua cercado por elas em “Ela e Eu”, e tem levado o tema feminino para suas pautas do dia a dia e escolhas de papeis.

“Eu acho que o feminino é o meu tema de agora. É um tema que vem me inundando e me atravessando,” diz o ator.

A razão para isso vem de um lugar profundo, intenso e amoroso para ele: suas filhas Sofia, Gabriela e Manuela. Com guarda compartilhada com suas ex-mulheres, Roberta Richard e Cynthia Howlett, Eduardo é um pai dedicado e apaixonado pelas crias.

“Como eu tinha um irmão mais velho [que morreu em 2019 vítima de problemas cardíacos], meu universo sempre foi muito masculino”, explica. “O nascimento das minhas filhas me aproximou do universo feminino. Depois [de Sofia e Gabriela], eu tive mais uma filha e um filho [Rodrigo], que é muito transpassado pelo feminino, querido, sensível, atento e cuidadoso,” completa.

Engajado na causa, a preocupação do ator com as mulheres de sua vida é tanta a ponto de não perder uma chance sequer de demonstrar carinho. Exemplo disso é a homenagem que fez para sua mãe, Sevasti de Andrade, e suas ex-mulheres, em um post do Instagram.

Minhas mães! A que me criou, que ainda chama minha atenção e que faz questão de juntar a família sempre. Na foto, ela está literalmente imersa em um abraço entre as minhas outras mães: as dos meus filhos”, escreveu na legenda.

Moscovis em ‘Ela e Eu’

No filme, o retorno de Bia (Andrea Beltrão) do coma causa um alvoroço na família e, principalmente, em Renata (Mariana Lima), nova mulher de Carlos (Eduardo Moscovis). A partir desse momento, o personagem masculino se vê em uma encruzilhada entre as mulheres que ama.

Foto: Divulgação/Fabio Braga/TeTo

“Houve um tempo ali [entre o nascimento da filha e o despertar da Bia] em que ele ficou sozinho com essa mulher nesse estado vegetativo”, reflete. “Como ele se virou com uma filha recém-nascida de fralda, de leite, de mamadeira e com cólica?,” questiona.

Como um trisal, Carlos, Bia e Renata lidam em silêncio com o turbilhão de sentimentos que vivem: o ciúmes, a inveja, a gratidão e a felicidade. Uma cena sensível é a em que os três estão em um jantar e expressam carinho um pelo outro – antes de entrarem em uma grande discussão. “É sobre saber receber o afeto”, entrega ele.

“Ela e Eu” rendeu o prêmio de melhor ator para Moscovis no 54º Festival de Brasília, em 2021. Com a atuação, ele também venceu na mesma categoria no 1º Festival de Vassouras, em 2022.

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