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Obra “Quando o sol nascer azul” (Foto: Cortesia da artista e das galeria Blum & Poe e Mendes Wood DM)

Sonia Gomes dá nova vida a tecidos encontrados e materiais do cotidiano, como madeira, rede de pesca e mais elementos em suas composições abstratas e multidimensionais. A artista afro-brasileira abre sua primeira exposição individual nos Estados Unidos, intitulada “Quando o sol nascer azul” (When the Sun Rises in Blue, em inglês), que pega emprestado o nome de uma obra deste 2021, na galeria Blum & Poe de Los Angeles. 

A artista mineira, radicada em São Paulo, criou instalações específicas que foram montadas especificamente na galeria americana. Fazem parte da expo cinco obras, entre elas três sem título da série “Raízes”, feitas a partir de tronco de madeira, couro e algodão, além da instalação “Sinfonia Branca” (2021) e também a obra que empresta o nome à mostra, um impressionante trabalho de parede na cor azul que lembra o mar e o movimento das ondas. Esta última feita com redes de pesca e rendas da Renascença, resgatadas em sua cidade natal Caetanópolis.

“Há uma relação entre tempo e reflexão – todos os materiais com que trabalho são um exercício de explorar a alma desses objetos. Está intimamente ligado à história de outras pessoas.”

Sonia Gomes, artista plástica

Empregando materiais e formas de artesanato historicamente feminizados, ela cria montagens poderosas que capturam e celebram histórias marginalizadas, tornando visíveis as mulheres, pessoas pretas e incontáveis indivíduos anônimos. Em suas obras, memórias afetivas e traços de identidade – como um vestido de noiva, uma toalha de vó ou cobertores – servem de plataforma para a artista tecer uma grande narrativa em forma de escultura.

Sonia já expôs em diferentes partes da Europa, e sua maior exibição solo aconteceu em 2018 no Museu de Arte de São Paulo (Masp) e no Museu de Arte Contemporânea do Rio de Janeiro (MAC Rio). A nova exposição fica em cartaz até 18 de dezembro e serve de introdução à sua prática. 

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