Publicidade
Valentina Bandeira
Foto: Divulgação/Beto Roma

Os quase 250 mil seguidores que Valentina Bandeira acumula no Instagram não desconfiam que ela avalia “80 vezes” cada conteúdo que publica. Muito menos que a atriz que fala com desenvoltura sobre sexo e pegação no “Match o Papo”, podcast em que os ouvintes relatam histórias inusitadas no Tinder, fica sem graça e até tenta desviar o assunto quando se trata da própria vida amorosa.

“Eu tiro uma onda que sou super da pegação, mas sou totalmente apegada, pego os moleques e fico apaixonada um dia depois. Eu sou ridícula, uma farsa. Sou uma atriz nata. Fico feliz como eu disfarço bem, porque depois eu vou para análise e fico chorando por uma hora e meia”, admitiu, aos risos, ao GLMRM.

Valentina se define como cria da Disney. Como filha única, se tornou uma telespectadora ávida de desenhos durante a infância, que criaram nela expectativas de um amor romântico. “Vivo apaixonada por uns moleques que nunca vão me querer, mas estou ficando cada vez mais esperta”, garante.

Para além do lado princesa, a atriz de 28 anos, que estreou na TV em novelas como “Geração Brasil” (2014), mas que já fez participações em programas de humor como “Zorra” e “Tá no Ar: A TV na TV”, diz ter faltado na sua formação um pouco de malandragem.

“Não tive muita referência do mundo masculino, de como funciona essa malandragem masculina, de homem só querer te comer e meter o pé. Não tive essa malícia. Fui educada por um pai gay e bailarino e por uma mãe religiosa. Por mais que eu seja malandra e carioca para caralho, a minha essência me fode”.

Valentina conta ainda ficar “chocada” com algumas histórias de “sexo louco” que não costumam ir ao ar no “Match o Papo”. Mas, afirma, o que talvez explique seu romantismo é a “intensidade nos sentimentos” que alimenta desde pequena.

Educação disciplinadora x humor anárquico

A educação disciplinadora entre o balé clássico e colégio francês da menina nascida em Paris, mas criada no Rio, não foi suficiente para barrar sua essência questionadora, sensível e engraçada. “Meu pai era uma bicha louca, histérica, mas ele era um cara muito disciplinado. Já eu sempre tive um humor anárquico e uma facilidade muito grande em falar qualquer merda, um desprendimento muito grande do que as pessoas iriam pensar”, conta.

Seus vídeos na internet sobre menstruação, flerte com famosos como Pedro Scooby ou piadas sobre idosos, sempre na fronteira entre o aceitável e o cancelamento, mostram que Valentina não tem muitas papas na língua. Mas o desprendimento veio depois de muitas horas no divã, uma necessidade que a atriz e comediante disse ter se manifestado ainda na infância.

Aos 8 anos, escutando histórias em casa sobre os benefícios da terapia do pai, um entusiasta, pediu para fazer análise. “Eu sentia muita angústia e já era uma criança muito inundada pelos meus sentimentos, então pedi socorro”, lembra.

Como alguém que transborda sentimentos, Valentina diz ter encontrado na profissão, seja na televisão, teatro ou apresentadora de podcast, uma forma de dar vazão a tudo o que sentia.

“Entendi que eu analisaria essas minhas emoções na minha profissão e elas teriam um porquê de existirem, não seriam só uma coisa nociva para mim, porque poderiam ser utilizadas para a produção de algo. Meu trabalho foi basicamente tudo para mim, porque foi onde consegui lidar comigo mesma.”

VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump tenta ressuscitar a franquia Rush Hour ao se aproximar de investidores e de Brett Ratner, num movimento que parece mais político do que cinematográfico. A proposta mistura nostalgia, estratégia cultural e a tentativa de reabilitar nomes controversos, mas enfrenta um mercado que não demonstra demanda real por um quarto filme. O episódio revela mais sobre a necessidade de Trump de reafirmar sua persona pública do que sobre qualquer impulso criativo em Hollywood.
Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise foi o grande nome do Governors Awards ao receber, após 45 anos de carreira, seu primeiro Oscar — um honorário. Em um discurso íntimo e preciso, ele relembrou a infância no cinema e reafirmou que fazer filmes “é quem ele é”. A entrega por Alejandro Iñárritu, seu novo parceiro em um projeto para 2026, reforçou o peso artístico do momento. Nos bastidores, o prêmio foi visto como aceno da Academia a um dos últimos astros capazes de mover massas ao cinema. Uma noite que selou não só um reconhecimento tardio, mas também a necessidade de Hollywood de se reconectar com sua própria grandeza.

Instagram

Twitter