Publicidade

A artista marca presença na cerimônia de abertura da terceira sessão do Fórum Permanente de Pessoas Afrodescendentes, no Palácio das Nações, em Genebra

Em sua terceira sessão, o Fórum Permanente de Pessoas Afrodescendentes reúne instituições de direitos humanos e representantes da sociedade civil para identificar e analisar boas práticas, desafios, oportunidades e iniciativas para a promoção dos direitos humanos das pessoas afrodescendentes. Este ano, o evento será realizado entre os dias 16 e 19 de abril, no Palácio das Nações, em Genebra, na Suíça, e contará com a participação de Teresa Cristina na cerimônia de abertura.

Por onde passa, Teresa Cristina leva a bandeira do samba, gênero inventado na Bahia por descendentes de escravos africanos e que no Rio de Janeiro ganhou expressão graças à Tia Ciata, tornando-se uma potente ferramenta de transformação social e de reafirmação da identidade do povo negro. Atenta e forte, Teresa Cristina também é referência na luta pela inclusão das mulheres na música e no samba em geral. Ela se tornou a primeira artista do gênero a ter uma banda formada inteiramente por mulheres negras.

Em Genebra não será diferente. Como o Brasil é o país com maior número de afrodescendentes fora da África, o  Fórum Permanente de Pessoas Afrodescendentes é de grande importância para o governo brasileiro que, por meio Projeto Atlântico Vermelho leva Teresa Cristina para cantar na cerimônia de abertura do evento e da exposição de arte com artistas brasileiros em exibição do dia 15 ao 26 no Mezanino Principal da ONU. Palestras para debater o racismo no Brasil também estão programadas para acontecer durante este período.

Sendo assim, Teresa Cristina escolheu dois sambas de extrema importância para cantar: “Zé do Caroço”, composição de Leci Brandão de 1978 que conta a história de um comunicador negro que foi fundamental na transmissão de notícias em sua favela e se tornou símbolo de resistência a partir deste música; e “Canto das Três Raças”, música reconhecida como um dos símbolos de luta e resistência da população negra brasileira, sendo entoada em vários cantos do país e regravada por inúmeros artistas.

 

Teresa Cristina comenta sobre o convite:

“Me sinto profundamente honrada com o convite de cantar na abertura do Fórum Permanente de Pessoas Afrodescendentes, evento de extrema importância. A emoção de representar o Brasil e levar o samba para todas as nações têm um poder muito grande. Não à toa escolhi cantar “Zé do Caroço”, da genial Leci Brandão, e o “Canto das Três Raças”, canção eternizada na voz da grande Clara Nunes.”

 

Sobre Teresa Cristina

Teresa Cristina é uma cantora, compositora e sambista carioca nascida em Bonsucesso e criada na Vila da Penha. Sua vida artística começou em 1997 quando fez um show em homenagem a Candeia, que considera como o início de sua trajetória e, logo em seguida, estreou com o grupo Semente, no Bar Semente, da Lapa. Foram cinco anos de shows que tiveram como registro um álbum duplo com composições de Paulinho da Viola, ídolo e uma das principais referências de Teresa. Entre 2002 e 2015, Teresa lançou nove álbuns, participou de outros sete trabalhos e homenageou grandes sambistas.

Durante a pandemia, Teresa marca seu nome na história da resistência cultural brasileira atual. Por meio de suas lives diárias no Instagram, a cantora levou música, história, cultura, alento alegria e homenagens a grandes nomes da música brasileira para milhares de pessoas.

Em 2023 Teresa Cristina estreou o show “Teresinha”, projeto em que canta músicas da Maria Bethânia e o “Pagode, Preta”, em que canta hits do pagode dos anos 80 e 90 com uma banda de mulheres negras.

 

VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump tenta ressuscitar a franquia Rush Hour ao se aproximar de investidores e de Brett Ratner, num movimento que parece mais político do que cinematográfico. A proposta mistura nostalgia, estratégia cultural e a tentativa de reabilitar nomes controversos, mas enfrenta um mercado que não demonstra demanda real por um quarto filme. O episódio revela mais sobre a necessidade de Trump de reafirmar sua persona pública do que sobre qualquer impulso criativo em Hollywood.
Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise foi o grande nome do Governors Awards ao receber, após 45 anos de carreira, seu primeiro Oscar — um honorário. Em um discurso íntimo e preciso, ele relembrou a infância no cinema e reafirmou que fazer filmes “é quem ele é”. A entrega por Alejandro Iñárritu, seu novo parceiro em um projeto para 2026, reforçou o peso artístico do momento. Nos bastidores, o prêmio foi visto como aceno da Academia a um dos últimos astros capazes de mover massas ao cinema. Uma noite que selou não só um reconhecimento tardio, mas também a necessidade de Hollywood de se reconectar com sua própria grandeza.

Instagram

Twitter