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Confira uma seleção especial de 10 cineastas brasileiras contemporâneas com muito talento.

Apesar do cinema ser uma arte e uma indústria que nasceu e se desenvolveu voltando-se para narrativas masculinas, as mulheres vêm lutando para conquistar cada vez mais espaço!

Recomendamos que conheçam de perto o trabalho de cada uma dessas cineastas e fiquem de olho em seus próximos projetos.

 

Anna Muylaert

Anna Muyalert é diretora, produtora e roteirista de cinema e televisão, mais conhecida pelos filmes Que Horas Ela Volta?, Mãe Só Há Uma e É Proibido Fumar. 

Anna estudou cinema na Escola de Comunicação e Artes na Universidade de São Paulo e começou a trabalhar em 1980, quando realizou alguns curta-metragens e críticas de cinema em jornais locais. Mas foi só então em 1988 que escreveu e dirigiu seu primeiro curta autoral, Rock Paulista. No ano seguinte integrou no grupo da TV Cultura. Seus programas infantis incluem Mundo da Lua, Castelo Rá-Tim-Bum. 

Em 2005, trabalha como corroteirista na série da HBO Filhos do Carnaval e também como último tratamento do roteiro do longa O ano em que meus pais saíram de férias. Também escreveu e ajudou nos roteiros de: Alice (série) e Quanto Dura o Amor? Dirigiu vários curta-metragens ao longo dos anos e seu primeiro longa foi Durval Discos, em 2002 e em 2009 É Proibido Fumar. Um dos seus mais conhecidos e premiados, no entanto, foi Que Horas Ela Volta? com Regina Casé. Em 2016 a diretora então lançou Mãe Só Há Uma.

 

Caroline Fioratti 

Roteirista e diretora, formada em cinema pela FAAP. Iniciou no mercado como roteirista e logo começou a trabalhar também como diretora. Após diversos curtas, assinou a direção e roteiro do filme, Meus 15 Anos. Paralelamente, criou, roteirizou e dirigiu a minissérie A Grande Viagem (TV Brasil), indicada ao International Emmy Awards – Kids 2018. Com o interesse de explorar gêneros diversos, Caroline dirigiu as duas temporadas da série médica, Unidade Básica (Universal Channel/ Globoplay), roteirizou o filme de esporte 4×100 – Correndo Por Um Sonho; e dirigiu o longa-metragem de comédia Amarração do Amor. Recentemente, com a chegada dos streamings, Caroline dirigiu a série young adult, Temporada de Verão, para a Netflix, e fez a direção geral da série policial investigativa, Os Ausentes, para a HBOMax. Em 2023, estreou Um Ano Inesquecível – Inverno, primeiro filme original da Amazon Prime Video e o seu longa-metragem autoral, Meu Casulo de Drywall, no prestigiado festival SXSW.

 

Eliza Capai

Documentarista de temas relacionados a gênero e sociedade, Eliza assina a direção de séries, longas e curtas, com destaque para a primeira série brasileira true crime original Netflix, “Elize Matsunaga: Era uma vez um crime” (2021), e o longa, “Espero tua (re)volta”, que estreou na Berlinale (2019), com os prêmios da Anistia Internacional e da Paz, além de outros 25 prêmios em +100 festivais.

 

Gabriela Amaral Almeida

Gabriela Amaral Almeida é diretora, roteirista e dramaturga. Mestre em Literatura e Cinema de Horror pela UFBA (Brasil) e com especialização em Roteiro pela Escuela Internacional de Cine y TV (EICTV) de Cuba, é diretora do thriller O Animal cordial (2016) e do drama de horror A Sombra do pai (2017), projeto com o qual foi selecionada para os Laboratórios Sundance de Roteiro e Direção (EUA, 2014). Nos Estados Unidos, é agenciada pela WME (William Morris Endeavor).

 

Grace Passô

Grace Passô, nascida em 1980 em Belo Horizonte, é diretora, dramaturga e atriz. Trabalha em parceria com artistas e companhias de teatro. Como dramaturga, seus textos foram publicados em francês, espanhol, mandarim, inglês e polonês. Por suas realizações em atuação – tanto no teatro quanto no cinema – a artista recebeu vários prêmios. Dirigiu “Vaga carne” (2019) junto a Ricardo Alves Jr.

 

Julia Katharine

Primeira mulher trans a ter um filme lançado no circuito comercial, Julia Katharine é atriz, roteirista e diretora. Roteirizou e dirigiu o curta-metragem Tea For Two (2018), filme que ganhou mais de 15 prêmios, em diversos festivais. Recebeu o convite do Instituto Moreira Sales para a criação de um curta-metragem, no projeto IMS CONVIDA e, junto com a atriz Gilda Nomacce, roteiriza e dirigi This is not Dancing Days (2020). Como atriz Julia ganhou o prêmio Helena Ignez na 21º Mostra de Tiradentes, tendo protagonizado e foi corroteirizado o longa-metragem Lembro Mais dos Corvos (2018), de Gustavo Vinagre. Foi jurada de diversos festivais e homenageada no Santos Film Fest 2020.

 

Juliana Rojas

 

Cineasta nascida em Campinas (SP) em 1981, formada em cinema pela ECA-USP, onde deu início a sua parceria com o também diretor Marco Dutra. O primeiro curta-metragem da dupla, O lençol branco (2004), participou da mostra Cinéfondation do Festival de Cannes, dedicada a filmes de escola. Eles voltariam ao festival ainda com o curta Um ramo (2007), na Semana da Crítica, e com sua estreia em longas, Trabalhar cansa (2011), na mostra Um Certo Olhar. Juliana também dirigiu os curtas Pra eu dormir tranqüilo (2011) e Vestida (2008), além de desenvolver uma carreira como montadora, trabalhando no documentário Pulsações (2011), de Manoela Ziggiatti, e no telefilme Corpo presente (2009), de Marcelo Toledo e Paolo Gregori. A sua estreia solo na direção de longas aconteceu em 2014 com o filme Sinfonia da necrópole, que venceu o prêmio da crítica em Gramado. O retorno da parceria com Marco Dutra foi com As boas maneiras, que recebeu inúmeras seleções em festivais e prêmios, como de melhor filme no Festival do Rio.

 

Laís Bodansky

Diretora de cinema e teatro, vive e trabalha em São Paulo. É sócia da Buriti Filmes. Formou-se em Cinema pela Fundação Armando Álvares Penteado, quando já trabalhava como assistente de direção em programas de televisão e vídeos institucionais. Dirigiu os seguintes longas: Bicho de 7 cabeças, Chega de saudade, As melhores coisas do mundo, Como nossos pais, A viagem de Pedo.

 

Valentina Homem

 

Valentina Homem é mestra em Cinema e Artes da Mídia pela Temple University (EUA), onde também atuou como professora assistente e adjunta, ministrando cursos práticos e teóricos (2012-2016). Sua pesquisa de mestrado a respeito da performatividade no fazer documental foi orientada por Tim Corrigan, autor de Essay Film. Valentina realiza documentários como roteirista, diretora e produtora desde 2002. Ao longo dos anos, seus trabalhos passaram a se desenvolver na intercessão entre documentário, artes visuais e performance e mais recentemente passou a se dedicar também a projetos de ficção. Seus curtas documentais e experimentais foram exibidos em dezenas de festivais nacionais e internacionais (Semana da Crítica, Annecy, Quinzena dos Realizadores – Cannes, Havana, Ann Arbor Film Festival, Cartagena, Vila do Conde, Brasília, Festival dei popoli etc) e seus roteiros têm participado de mercados e laboratórios (DocMontevideo, Brasil Cinemundi, MiradasDoc). Valentina foi artista residente da Fundação Sacatar (Brasil) em 2019 e da Millay Colony (Estados Unidos) em 2016, mesmo ano em que recebeu a bolsa do Flaherty Seminar. Desde 2020 começou a atuar como consultora de projetos e facilitadora de processos criativos e, em 2021, teve dois ensaios publicados em revistas (Nerva e Bacanal). Seu primeiro longa (em codirecao com Fernanda Bond) é Um dia antes de todos os outros, que estreou no festival olhar de cinema.

 

Viviane Ferreira

foto Edilson Dantas

Cineasta, ativista e advogada. Mestra em Políticas de Comunicação e Cultura pela Universidade de Brasília. Presidiu a APAN (Associação de Profissionais do Audiovisual Negro) de 2016 a março de 2021. Fundou as plataformas Raio Agency e o streaming Todesplay. Está presidente da SPCINE – empresa pública de fomento ao audiovisual na cidade de São Paulo. É professora da cadeira de direção do curso de cinema e audiovisual da ESPM-SP.

 

 

 

 

 

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