Quando Carrie chorou: Sarah Jessica Parker e o peso cruel da fama

Foto Reprodução Instagram

Aos 60 anos, Sarah Jessica Parker revelou-se humana e vulnerável ao recordar o impacto devastador de críticas direcionadas ao seu visual durante a fase original de Sex and the City. Em entrevista emocionante ao podcast Call Her Daddy, a atriz mencionou que uma observação maldosa publicada numa revista chegou a fazê-la chorar, tamanha a crueldade com que invadiram aspectos de sua aparência, algo que ela jamais cogitaria modificar. “Parecia intencional”, confessou a estrela, explicando como o comentário provocou lágrimas e uma ligação desesperada aos amigos em busca de consolo.

Parker contou que, apesar de sempre ter se considerado uma pessoa confiante, o ataque direcionado ao seu corpo testou profundamente seus limites emocionais. Na época, o fenômeno das redes sociais ainda não existia, mas o cenário dos comentários públicos já era incisivo o suficiente para abalar sua autoestima. O que a magoou de verdade, segundo ela, foi o teor pessoal e o prazer que parecia haver por trás da crítica que, conforme a interpretação dela, ultrapassou o campo artístico e atingiu sua pessoa em um nível muito doloroso.

A atriz também refletiu sobre o peso de se expor diariamente nas telas como Carrie Bradshaw, figura que se tornou sinônimo de estilo e irreverência, mas que desde o início gerava reações fortes. Parker relatou que lidar com avaliações que iam além da atuação, envolvendo sua vida pessoal e aparência, foi um desafio inesperado. “As discussões sobre meu corpo foram as mais difíceis”, afirmou, destacando que não havia como encarar tais comentários como um “diálogo” construtivo.

A experiência vivenciada por Parker ressoa hoje com artistas que se expõem nas redes sociais, onde críticas superficiais causam danos profundos. A forma como ela narra a própria tristeza e o alívio ao finalmente chorar e buscar apoio nos bastidores humaniza uma figura pública que, até então, era vista quase como um ícone inabalável, porém por trás da celebridade é alguém sujeito às mesmas dores e vulnerabilidades dos anônimos.

Parker aproveitou a ocasião para reforçar a urgência de repensar o impacto das críticas direcionadas ao corpo e imagem de pessoas famosas, garantindo que o episódio pelo qual passou serve como alerta para a urgência de empatia e reflexão sobre o alcance das palavras em um mundo acelerado e voraz por comentários simplesmente por quebrar o silêncio e assumir o reflexo emocional de um comentário “intencionalmente cruel”, mas que pode inspirar mais respeito e humanidade no relacionamento entre público e celebridade.

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