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É estranho pensar, mas até não muito tempo recém-nascidos considerados ‘anormais’ eram abandonados ou sacrificados pelos próprios pais em alguns lugares do mundo. Bebês que nasciam com manchas muito evidentes no corpo, com alguma má formação ou deficiência, ou até mesmo gêmeos, eram considerados maldições para os pais e para a sociedade. Graças aos avanços na medicina e o acesso à informação e conhecimento, esta prática é cada vez menos comum no século 21. Mas aconteceu com Xueli Abbing, uma chinesa albina de 16 anos que, ao nascer, foi deixada no chão, na porta de um orfanato, porque seus pais acreditavam que ela carregava alguma maldição, crença comum sobre o albinismo na China.

Com pele, cabelos e olhos muito claros, quase despigmentados, a garota ganhou o nome de Xueli (neve bela) no orfanato onde viveu até completar três anos de idade, quando foi adotada e mudou-se para Holanda, onde mora com a mãe e a irmã. Sua rara condição genética, caracterizada pela ausência completa ou parcial de melanina, é justamente o que a premia com uma beleza única, destacando-a no mundo da moda.

Além de linda, Xueli é engajada em movimentos em defesa dos albinos na Holanda e participa de eventos defendendo a causa desde os 11 anos de idade. Sua beleza incomum atraiu olhos de fotógrafos e marcas, fazendo com que ela logo emplacasse na carreira de modelo com campanhas publicadas em todo o mundo. Por conta do seu tipo de albinismo, Xueli tem apenas 8 a 10% da visão e não consegue olhar diretamente para a luz, o que explica ela aparecer com os olhos fechados em grande parte das fotos.

Apesar da pouca idade, a neo modelo aproveita a exposição que sua imagem vem ganhando ultimamente para deixar bem clara sua missão: “Quero que outras crianças com albinismo – ou qualquer forma de deficiência ou diferença – saibam que podem fazer e ser o que quiserem. Para mim, sou diferente em alguns aspectos, mas igual em vários outros”.

 

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