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por Audino Vilão*

Meu nome é Marcelo Marques, conhecido na internet como Audino Vilão. Virginiano de 19 anos, no Youtube trato de conceitos e teorias de filósofos famosos, como o imperativo categórico de Kant, a Dialética de Hegel, Maiêutica de Sócrates e por aí vai! Sou do interior de São Paulo, sempre estudei em escola pública e atualmente curso o 4º período de História. Nos últimos tempos, participei de algumas entrevistas na TV, como uma participação no Café Filosófico (com Pondé) na Cultura, e tenho trocado ideia sobre filosofia com uma turma diferente, como Leandro Karnal, Emicida e Fabio Porchat. Na minha coluna de estreia aqui no Glamurama vou fazer uma analogia do Mito da Caverna de Platão com a realidade atual.

A juventude de 2020 se encontra iludida, presa em diferentes cavernas que não permitem que elas enxerguem a si mesmas (seu potencial como ser humano) e nem fora da caverna (suas oportunidades). Presos, muitos de nós acabam obrigados a olhar para as sombras da caverna, pelo medo de serem julgados e, dessa forma, somos iludidos acreditando que ali está a totalidade da realidade.

O exemplo que quero passar aqui é nada menos que a alegoria da caverna, um diálogo socrático (em que o filósofo Sócrates é o protagonista, mas é Platão quem escreve) que narra um exemplo de “ilusão e realidade”, e está no livro “A República”.

Nesse diálogo, Sócrates dá o seguinte exemplo: “Imagine três prisioneiros dentro de uma caverna, onde estão acorrentados pelos pescoços e pernas desde o nascimento. Eles estão de frente para uma parede e só conseguem olhar pra ela. Nessa parede são projetadas sombras, como imagem de animais, plantas, vasos e esculturas. Esses objetos são carregados por pessoas que, às vezes, conversam entre si. Todo esse ambiente é ilusório, criando a ideia de que as sombras e os sons são a realidade.

De repente, do nada, um prisioneiro é liberto. Ele consegue se soltar das algemas e se levantar. No começo, dói porque o corpo não estava acostumado a se mexer muito. Ele passa pelos sujeitos que estão com os objetos reproduzindo as sombras que apreciava, e finalmente encontra a saída da caverna. Ao sair, ele logo se depara com uma infinidade de coisas. Quando olha para o sol, a luz lhe faz mal e machuca sua visão. Então aos poucos ele vai se acostumando, até poder olhar diretamente para o sol.

O ex-prisioneiro se impressiona com o que enxerga e começa a compreender que o mundo que via nas sombras da caverna era um mundo de ilusões. Do lado de fora ele entende o que está além da caverna e para Platão ele vai dizer que é “O mundo das ideias”. Então ele volta à caverna para resgatar os dois companheiros de tranca, mas, ao chegar e contar sobre o mundo que havia descoberto e apreciado, é incompreendido e morto por eles. Platão tenta explicar sua ideia metafísica de um mundo perfeito além dos cinco sentidos nessa alegoria protagonizada por Sócrates, mas a minha interpretação não é em relação ao metafísico, e sim a realidade.

A sociedade e diversos fatores aprisionam os jovens em suas cavernas e os rótulos sociais, os estigmas, são as suas correntes. Dá um play aí embaixo para entender a analogia que fiz. (*Audino Vilão, filósofo e youtuber – no insta @audinovilao e no Youtube)

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