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"Eu sei o que eu fiz para a música, mas não me chame de lenda. Apenas me chame de Miles Davis."
“Eu sei o que eu fiz para a música, mas não me chame de lenda. Apenas me chame de Miles Davis.” || Créditos: Getty Images
“Eu sei o que eu fiz para a música, mas não me chame de lenda. Apenas me chame de Miles Davis.” || Créditos: Getty Images

Surgido em Nova Orleans no inicio do século 20, o jazz chegou a ser a música mais popular do mundo, passando por cima de tradições locais e enfrentando inclusive alguns nacionalismos. A mistura de blue notes, chamada e resposta, forma sincopada e principalmente a improvisação foram alguns dos ingredientes para o sucesso daquela música criada ao sul dos Estados Unidos, e dissemida pelo mundo durante a Primeira Guerra Mundial pelos soldados americanos. Em nome de toda a contribuição que o jazz exerceu e sua importância no gênero musical, o pianista, compositor e embaixador da boa vontade da UNESCO, Herbie Hancock, celebrou pela primeira vez no dia 30 de abril de 2012 o Dia Internacional do Jazz. Hoje, 4 anos depois, Glamurama também entra na dança e convida você a conhecer um pouquinho mais sobre o jazz comme il faut em um guia recheado de música e história. Enjoy!

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PARA LER:

– “Tempestade de Ritmos” – Ruy Castro / Companhia das Letras

Nessa coletânea, Ruy Castro organiza textos sobre o jazz e a música popular no século 20 publicados em jornais e revistas e organizados por sua mulher, Heloisa Seixas. Dividido em oito blocos com seis textos cada, o livro traz pensamentos e histórias de Ruy Castro ao longo de 40 anos.

– “Jazzlife” – William Claxton / Taschen

Editado pela Taschen, o livro é o resultado de uma viagem feita ao redor dos Estados Unidos pelo fotógrafo William Claxton e o pesquisador musical Joachim Berendt. Com fotografias de Ella Fitzgerald, Miles Davis, Stan Getz, Duke Ellington e outros pesos pesados, além das fotos incríveis, o livro ainda vem com um CD bônus de gravações remasterizadas de músicas feitas durante a viagem.

– “Saudade do século 20” – Ruy Castro / Companhia das Letras

Ainda nas memórias de Ruy Castro, o livro traz mais histórias e recordações de seus anos dourados. Ruy não mede esforços e palavras para contar a outra face de Billy Holiday – a de drogas pesadas e casamentos infelizes -, por exemplo. Pontapé inicial para ir a fundo na vida de alguns dos mestres do jazz.

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PARA ASSISTIR:

– “Let’s Get Lost” dirigido por Bruce Weber , 1988

Como o título já mostra, “Let’s Get Lost” é um documentário sobre a conturbada vida e carreira de Chet Baker, músico nascido em Oklahoma, nos Estados Unidos. Ícone de estilo e atitude, o diretor Bruce Weber mostrou todo o charme do músico. Curiosidade: Chet Baker não chegou a ver seu documentário pronto. Ele morreu em 1988, quando Bruce Weber ainda editava o filme. Até hoje as causas da morte – acidente ou suicídio – são controversas.

– “Bessie” dirigido por Dee Rees, 2015

Produzido pela HBO, o telefilme que traz Queen Latifah na pele da polêmica Bessie Smith e seus excessos etílicos, traumas de infância, a agressividade, sua preferência sexual por homem e mulher e o racismo de uma das personagens mais determinantes para o jazz e o blues.

– “Poucas e boas”, dirigido por Woody Allen, 1999

A ideia era homenagear o guitarrista francês Django Reinhardt, mas Woody Allen conseguiu bem mais ao criar Emmet Ray, um guitarrista de jazz pouco conhecido e que nunca existiu – embora artigos na internet jurem de pé juntos que sim. A comédia traz Sean Penn no papel principal e uma deliciosa história romântica que ainda tem Uma Thurman e Samantha Morton. Tipo sucesso.

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PARA VIAJAR

– New Orleans, Estados Unidos

A cidade mais populosa da Louisiana, New Orleans é também conhecida como a terra natal do jazz. Tanto pelo Mardi Gras, a festa de Carnaval de lá, ou pelas raízes francesas, parte da história do lugar, quem vai garante que é o melhor destino para os apaixonados do jazz, seja pelos inúmeros bares e clubes ou pelo burburinho da Bourbon Street.

– África do Sul

Um dos lugares mais recentes do circuito do jazz, a África do Sul aos poucos vem ganhando destaque, seja pelo elogiado Cape Town International Jazz Festival, que reúne artistas sul-africanos e internacionais, ou pelo número de bares dedicados ao bar.

– Montreal, Canadá

Dos mais agitados e prestigiados festivais do mundo, o Festival de Jazz de Montreal é tipo parada obrigatória para qualquer amante do jazz. Durante o período, as ruas entorno da Praça de Artes, palco dos principais shows, ficam coloridas e alegres. Em 2004 ele entrou para o livro dos recordes como o maior festival de jazz do mundo – tudo por conta dos 10 palcos ao ar livre e outras 10 salas para apresentações. Tem que ir.

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PARA CONHECER

Baretto

Discreto e aconchegante, o Baretto – localizado dentro do hotel Fasano, em São Paulo – foi nomeado pela revista “Wallpaper*” como o bar número 1 do mundo, não a toa os 64 lugares são disputadíssimos em dias de apresentações ao vivo

Madeleine

Premiadíssimo, e como o slogan do próprio bar diz, “é fácil de se apaixonar” pelo Madeleine. Cheio de charme e no meio do agito da Vila Madalena, quase todos os dias, sempre depois das 9 da noite, é possível curtir shows de jazz ao vivo, sempre acompanhados de bons rótulos de vinhos.

Frank Bar

Localizado no lobby do hotel Maksoud Plaza, o Frank Bar abriu as portas em homenagem a Frank Sinatra e um show legendário que o cantor fez nos anos 80. Sob a supervisão do premiado e conhecido bartender Spencer Jr., nossa dica é experimentar o famoso Negroni que leva blend de dois envelhecimentos. A trilha? Jazz, claro.

Bourbon Street

Hors concours em nossa – e qualquer outra lista – o Bourbon Street tem lugar garantido no coração dos apaixonados pelo jazz. Há 20 anos em Moema, o espaço é do tipo aconchegante e sempre a escolha certa. Por lá, uma guitarra autografada por B.B. King, um paletó colorido de Ray Charles e muitas fotos autografadas. Destaque para a programação, sempre de ponta.

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