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Jaciana Melquiades || Reprodução Instagram
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Jaciana Melquiades é exemplo de empreendedorismo e representatividade. A carioca começou seu negócio fazendo a decoração do quarto de seu filho Matias, de 9 anos, e seu projeto trata as questões raciais de forma lúdica e divertida. A empresa dela “Era uma vez o Mundo” confecciona exclusivamente bonecos e bonecas negras e tem como objetivo colaborar para a transformação social procurando soluções “para problemas sociais​ que afetam principalmente uma população periférica de baixa renda”, conforme relata o site oficial. As versões disponíveis para venda vão de bailarinas e até o Pequeno Príncipe, além de bonecas feitas ‘para vestir’ e deixar a imaginação flutuar. Jaciana, que hoje se dedica integralmente ao seu próprio negócio, contou para a gente um pouco mais da história do projeto e falou também de representatividade e inclusão. Confira! (por Luzara Pinho)

Glamurama: Conta um pouco da história da ‘Era Uma Vez o Mundo’? 
Jaciana: Ela surgiu muito despretensiosamente e de forma orgânica. Em 2011, quando meu filho era pequeno eu comecei a questionar como ele teria referências positivas. Fizemos toda a decoração e eu, que costuro, fiz bonecos e bonecas para ele. Em 2o13, quando eu comecei a fazer oficinas educativas junto com o coletivo de mulheres ‘Meninas Black Power’, tive uma certa dificuldade de falar de questões raciais de uma forma lúdica com crianças. Então tive a ideia de levar os brinquedos do meu filho para conversar sobre cabelo, sobre cor de pele e acabei desenvolvendo uma metodologia para trabalhar com crianças. Os professores se interessaram e comecei a fazer para eles também. De 2013 pra cá, o negócio começou a crescer. Eu me colocava só como historiadora e educadora e precisei entender como  gerir um negócio. Comecei a me dedicar exclusivamente para a ‘Era Uma Vez o Mundo’ de 2016 para 2017. Ele surgiu a partir de uma necessidade minha de conseguir conversar com crianças sobre questões raciais de forma lúdica.

Glamurama: O que esse projeto representa para você?
Jaciana: Eu sempre tive muitas questões com relação a educação. Como seria possível eu lidar com ela, estar em sala de aula de uma forma que eu não acredito ser potente,  em que a história é contada a partir de uma única vertente, de um olhar eurocêntrico. A ‘Era Uma Vez o Mundo’ representa para mim a possibilidade de impactar de fato a educação, de trazer a historicidade da pessoa negra ao longo da história do Brasil a partir de uma perspectiva positiva. Eu acredito muito no poder de contar essa história por meio da nossa narrativa. Cria uma representação e potência para as crianças.

Glamurama: E falando de representatividade, qual mensagem você quer passar com o seu trabalho? 
Jaciana: Quando a gente fala de representatividade, fala de criar símbolos negros ou indígenas, potentes e que façam com que a maioria da população se identifique, mas também desconstrua a imagem da pessoa negra no lugar de subalternidade. A representatividade tem esse poder de transformar os olhares em múltiplos, respeitando todas as existências. A pesquisadora Aza Njeri trouxe um conceito pan-africanista de pluriversalidade, que é a ideia de que as realidades e verdades são múltiplas e todas podem coexistir harmoniosamente. A gente só precisa criar a possibilidade de que todas as narrativas sejam respeitadas e coexistam. A mensagem de representatividade que quero passar não é só a midiática, e sim sobre ocupar todos os espaços possíveis de serem ocupados.

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