Café indígena da Amazônia alcança a perfeição e se transforma em obra de arte

Foto Divulgação

A história do café brasileiro acaba de ganhar um novo capítulo — e ele vem da floresta amazônica. Pela primeira vez no mundo, um café da espécie Canéfora Robusta Amazônico atingiu a pontuação máxima de 100 pontos no protocolo internacional Fine Robusta Cupping Form, que avalia cafés especiais de excelência.

O feito é assinado por Rafael Mopimop Suruí, da etnia Paiter Suruí, na Terra Indígena Sete de Setembro (RO), e foi reconhecido durante a 6ª edição do Concurso Tribos, promovido pelo Projeto Tribos, da linha Rituais 85+ por 3 Corações. O júri, composto por nove especialistas independentes e liderado por Silvio Leite, referência mundial em cafés, consagrou o Café Tribos 100 Pontos como uma verdadeira obra-prima sensorial e cultural.

Um marco para a cafeicultura e para o protagonismo indígena

Mais do que um produto, o Café Tribos 100 Pontos representa o encontro entre saber ancestral e excelência técnica. Desde 2019, o Projeto Tribos vem promovendo o desenvolvimento sustentável de comunidades indígenas, unindo protagonismo local, preservação da floresta e produção de cafés de alta qualidade.

O programa já beneficia 169 famílias em 28 aldeias de Rondônia, movimentando mais de 520 mil quilos de café Robusta Amazônico. A iniciativa é fruto de uma ampla rede de parcerias entre o Grupo 3 Corações, Funai, Embrapa Rondônia, Emater, Câmara Setorial do Café e secretarias estaduais e municipais de agricultura.

“O Projeto Tribos mostra que é possível aliar sustentabilidade, tradição e qualidade extrema. Este café é a prova viva de que a Amazônia produz não só biodiversidade, mas também cultura e excelência”, afirma Pedro Lima, presidente do Grupo 3corações.

Uma edição feita para colecionar

O Café Tribos 100 Pontos chega ao público em uma edição superlimitada de 333 unidades, vendida exclusivamente no Mercafé. Cada unidade é apresentada em um frasco de cristal inspirado no design Murano, criado em parceria com a Cristais Tavares, e acompanha um moedor de alta precisão que preserva a experiência sensorial do microlote.

O kit, é uma celebração da arte e da raridade — uma peça de coleção que homenageia o feito histórico do povo Paiter Suruí. Todo o lucro será revertido integralmente às comunidades indígenas participantes do projeto.

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Uma joia sensorial da Amazônia

Para o especialista Silvio Leite, head judge do Concurso Tribos, o resultado é histórico:

“Este é um dos cafés mais complexos e completos que já provei em toda a minha carreira. É a primeira vez que um robusta alcança oficialmente 100 pontos. É uma joia rara.”

A bebida se destaca por suas notas de rapadura, mel, própolis, hibisco e flor de laranjeira, com aroma levemente vinhoso, acidez média, corpo delicado e finalização achocolatada de rapadura — um retrato fiel da potência e da biodiversidade amazônica.

Café com propósito

O Café Tribos 100 Pontos é mais que uma conquista técnica: é um símbolo de autonomia e valorização cultural.

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