Publicidade
rainha Elizabeth II
Foto: Chris Jackson/Getty Images

Frequentemente descrita pelos desentendidos como uma “rainha figurativa” e de “pouco” ou – pior ainda – “nenhum poder”, Elizabeth II deverá dar uma última mostra de um dos inúmeros poderes que, de fato teve em vida, porém não usava, na próxima segunda-feira, 19, na ocasião de seu funeral.

Morta na quinta (8), depois de mais de sete décadas no trono do Reino Unido, a mãe do agora rei Charles III deverá ter a despedida oficial com o maior número de chefes de estado e suas delegações vindos de todo o mundo. Os mais relevantes já foram convidados e, de pronto, confirmaram presença. Entre eles estão o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, e Joe Biden, presidente dos Estados Unidos.

Ambos terão seus respectivos desembarques em terras britânicas por voos comerciais a fim de reduzir suas respectivas pegadas de carbono, assim como as idas de seus locais de hospedagem em Londres, capital da Inglaterra, para a Abadia de Westminster, onde a monarca mais longeva da história britânica terá seu histórico ofício fúnebre realizado, em ônibus coletivos; possível sugestão de Charles, defensor decano da causa ambiental? A conferir.

Não apenas o velório com o maior número de presidentes e afins de todos os tempos, o da falecida monarca de 96 anos possivelmente também será o evento dos últimos 100 anos que mais contou com a presença de autoridades da categoria máxima como eles, sem falar no mais assistido pela televisão.

Há, inclusive, ex-poderosos atônitos em busca de um convite para o “megaevento”, entre os quais o mais notório é Donald Trump, antecessor de Biden na presidência dos EUA. O republicano torcia para receber um convite da própria realeza britânica para o rito fúnebre real, mas foi ignorado. Sua torcida, diz a imprensa americana, é que Biden o convide como membro de sua comitiva.

A “rainha que não era poderosa”, portanto, dará ao mundo uma última mostra do poderio que sempre teve. Um poder que certamente causou – e ainda causa – inveja em muitos desses líderes globais que pretendem usar seus RSVPs no sepultamento da Segunda Era Elizabetana, da qual só conseguirão participar como testemunhas do poder do prestígio e da imortalidade, garantida pela história e pelo respeito que, monarquistas e republicanos, direitistas e esquerdistas, britânicos ou brasileiros, americanos e gente de tantas outras nacionalidades nutrem, e o farão para sempre pela personalidade mais famosa e admirada de seu tempo.

VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR

Príncipe Andrew renuncia ao uso de títulos reais após novas pressões sobre caso Epstein

Príncipe Andrew renuncia ao uso de títulos reais após novas pressões sobre caso Epstein

O príncipe Andrew renunciou aos títulos reais, incluindo o de duque de York e o tratamento de Sua Alteza Real, com o consentimento do rei Charles III. A decisão ocorre após novas revelações no livro póstumo de Virginia Giuffre sobre o caso Epstein. Embora continue titular legal do ducado, Andrew se afasta de vez da vida pública, e sua ex-esposa, Sarah Ferguson, também deixará de usar o título de duquesa de York. A medida, vista como simbólica, reflete o esforço da monarquia britânica em preservar sua credibilidade e encerrar um dos capítulos mais controversos de sua história recente.

Instagram

Twitter