
Flavia Nasser é fundadora da marca que leva seu nome, Flavia Nasser Livros, que se consolidou como referência em álbuns personalizados. Conversamos com ela para conhecer mais sobre sua história desde a fundação — há 20 anos —, entendendo os desafios enfrentados, momentos marcantes e planos para o futuro.
O que te incentivou a criar a Flavia Nasser Livros?
Sempre gostei de fotografias e de registrar momentos, principalmente pelo simbolismo que as imagens carregam. No início, tive a ideia de criar álbuns fotográficos apenas para atender algumas amigas próximas, que queriam guardar lembranças. Com o passar do tempo, ganhei confiança e fui expandindo o negócio, que hoje se tornou uma grande marca.
Quais foram os principais desafios enfrentados no início?
Acredito que o principal desafio foi lidar com as expectativas de crescimento. Por mais que tudo tenha começado de forma pequena, eu confiava que seria possível crescer e mostrar nossos produtos para muitas pessoas. Além disso, na nossa história de 20 anos, também enfrentamos um momento em que as fotos digitais estavam no centro das atenções. Muitas pessoas deixaram de lado as fotografias impressas para dar espaço aos smartphones e câmeras digitais. Porém, percebemos uma movimentação recente de pessoas que desejam se apegar ao nostálgico e resgatar a fama dos fotolivros.
Em que momento você percebeu que a marca estava se consolidando como algo grande e bem-sucedido?
Quando o número de vendas começou a disparar de uma forma que eu não esperava. Como disse, comecei a criar os livros apenas como um hobby e vendendo para amigas. A partir do momento em que as vendas cresceram, fiquei surpresa e muito feliz, pois isso significava que o negócio estava dando certo e que iríamos crescer ainda mais.
Você sempre teve o desejo de empreender?
Sempre admirei os empreendedores e a forma como conseguiam consolidar suas carreiras. Não posso dizer que sempre tive esse desejo, mas, a partir do momento em que comecei, senti que era o meu lugar e coloquei todos os meus esforços para fazer dar certo.
Por que investir em uma marca de álbuns fotográficos? Você sempre gostou de registrar momentos?
Sim, sempre adorei tirar fotos, registrar momentos com pessoas que amo — e gosto ainda mais de revisitar essas imagens, podendo relembrar as sensações que senti nos momentos registrados. Acredito que foi por isso que investi na criação da marca: para que todos pudessem ter o mesmo sentimento ao reviver suas histórias do passado.
Quais são as suas inspirações para criar os produtos?
Penso muito no que gostaria de receber se fosse presenteada com um álbum. Tento visualizar diferentes formas de expor o produto, como seria possível carregá-lo comigo e como poderia criar novas memórias com os álbuns. Um exemplo disso é o nosso último lançamento, o Scrapbook — um álbum com figurinhas autocolantes, permitindo colar as imagens com quem você ama, quase como um álbum de figurinhas.
Quais foram os momentos mais marcantes da trajetória até aqui?
Cada pedacinho dessa trajetória traz um momento marcante. Completamos 20 anos eternizando memórias, e acredito que os momentos mais especiais foram conhecer as histórias das pessoas por meio das imagens. Passamos por casamentos, batizados, viagens inesquecíveis, aniversários… Todas as memórias sempre nos tocaram profundamente. Outro momento inesquecível foi quando João Paulo, meu filho e sócio, passou a atuar na marca. Além de ter o prazer de dividir essa jornada com ele, sua entrada foi essencial e trouxe um crescimento exponencial de vendas e resultados.
Como você enxerga a importância dos álbuns fotográficos em um mundo dominado pelo digital?
Os álbuns fotográficos são muito mais do que apenas um livro com imagens: eles trazem nostalgia estética e conexão emocional. Reviver momentos por meio de fotos impressas torna tudo mais especial, pois esses produtos eternizam o que realmente importa — pelo toque e pelo olhar. Por isso, cada vez mais pessoas reconhecem a importância dos álbuns e aderem a eles, justamente pela forma única como as lembranças são revividas e sentidas.
Você sente que, desde a criação da marca, a adesão aos álbuns fotográficos tem crescido no geral?
Com certeza. A experiência de possuir um álbum com imagens de um momento especial é cada vez mais comum. Pessoas de várias gerações têm buscado esse tipo de produto, dos mais jovens aos mais velhos. Neste mundo hiperconectado, onde a tecnologia parece saturada, cresce a tendência de buscar momentos de pausa — e sem telas.
Quais são os próximos passos para continuar escrevendo a história da marca?
Queremos continuar expandindo e estamos focando bastante nas vendas no meio digital. Prevemos um faturamento de R$ 18 milhões em 2025, com o objetivo de crescer ainda mais, à medida que formos divulgando e introduzindo novos produtos no nosso catálogo — sempre atentos aos desejos do nosso público.
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