
Entre likes, metas inalcançáveis e algoritmos que nos empurram para correr cada vez mais rápido, um movimento silencioso e poderoso tem crescido. Trata-se da busca por sentido. Não se trata mais apenas de fazer sucesso, mas de se sentir inteiro. Presentes. Conectados com algo que vá além da performance.
Talvez por isso tantos podcasts tenham ganhado espaço não só nas paradas, mas na rotina de quem procura mais presença e menos ruído. Mel Robbins, autora best-seller e uma das vozes mais influentes do desenvolvimento pessoal, transformou seu podcast em um fenômeno global ao tratar de temas como medo, autossabotagem e coragem de mudar. Ela aborda tudo com vulnerabilidade e objetividade.
Outro sucesso internacional é o On Purpose, de Jay Shetty, ex-monge e autor de “Pense como um monge”. O podcast entrevista personalidades como Oprah e Kobe Bryant para falar sobre espiritualidade, relacionamentos e propósito.

No Brasil, um dos nomes mais emblemáticos desse movimento é o Elefantes na Neblina. O podcast, que já figura entre os 50 mais ouvidos do país na categoria Sociedade e Cultura, é uma espécie de respiro entre o caos. Com mais de cinco anos no ar, ele mergulha em conversas densas, mas acessíveis, sobre espiritualidade, filosofia, tempo e existência. Um dos grandes diferenciais está no universo de referências que os Elefantes oferecem, algo que o público frequentemente destaca como parte essencial da experiência. Os apresentadores têm a habilidade de transformar questões complexas em reflexões íntimas, que acolhem e provocam. Tudo isso sem simplificar a realidade. Além disso, a qualidade do público também chama atenção: ouvintes engajados, espalhados por 87 países, que se conectam de forma profunda com os temas abordados.
Não é coincidência que tantos episódios abordem o invisível. O inconsciente, a energia, a dor que se esconde por trás das conquistas. Estamos famintos por sentido. E é nessa fome que esses conteúdos encontram espaço. Não como receita, mas como companhia de caminhada.
A neblina, ao que tudo indica, veio para ficar. Mas talvez a gente esteja aprendendo a atravessá-la com mais clareza.
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