Veja a coluna desta semana de Antonio Delfim Netto no canal Masculino.

1. A miscigenação de nossa gente talvez seja o mais importante fator de sua alegria, inteligência e tolerância. Somos o 5º país do Mundo em tamanho físico e o 5º em população. Temos dezenas de religiões que não cultivam a violência entre nós, temos uma só língua e não temos problemas de fronteiras com nossos vizinhos. E, o que é tão fundamental quanto cada uma dessas características, temos uma Constituição que consolida a cada dia um estado de direito sob a garantia de um Supremo Tribunal Federal independente.

2. Temos, também, muitos problemas para acelerar nosso desenvolvimento econômico e social. Um dos mais importantes é a qualidade do nosso ensino, principalmente o público, no nível básico e intermediário. Este é determinado por organizações sindicais que sonham em “mudar o mundo” (que não conhecem) com uma crítica ideológica, que a História mostrou levar a lugar nenhum. O oceano escolar brasileiro cerca, entretanto, algumas ilhas onde o ensino e a qualidade dos alunos é de “excelência”. Há pouco tempo alunos do nosso SENAI venceram alemães e coreanos em competição que exigiam inventividade e habilidades manuais.

3. Outro exemplo desse fato foi a recente conquista do 17º lugar do Brasil na 50ª Olimpíada Internacional de Matemática realizada em Bremen, na Alemanha. Deixamos para traz países como a Argentina, Canadá, França e Inglaterra. Os 6 brasileiros (todos os países enviam 6) obtiveram uma medalha de ouro, três de prata e duas de bronze. Um fato tão promissor quanto a brilhante vitória é que seus ganhadores vêm de todo o Brasil. A medalha de ouro foi um baiano (Henrique Pondé de Oliveira Pinto, 18 anos) que já está nos EUA para estudar matemática no famoso MIT. Os três “pratas” são, um catarinense, outro baiano e um carioca. Os dois “bronzes”, são um paulista e um cearense.

4. Esses são sinais claros que as vantagens a que nos referimos acima estão começando a incorporar uma nova geração que vai produzir um Brasil com desenvolvimento mais vigoroso, socialmente mais justo e economicamente mais eficiente.

Por Antonio Delfim Netto

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