Publicidade

1. Os economistas que servem às “democracias” comunistas devem cuidar-se. Em novembro de 2009 a Coréia do Norte colocou em prática um plano de estabilização monetária e trocou a sua moeda (o won norte coreano). Tentava controlar sua taxa de inflação que se acelerava e desorganizava a economia. O plano fracassou e houve problemas de abastecimento. Isso produziu grande irritação popular contra o “guia genial”, Kim Jong-il, justamente agora que ele pretende transferir seu poder para o “sub-guia genial”, seu dileto filho…

2. Não há novidade nisso. Planos de estabilização frequentemente fracassam. Trata-se de um fato comum: 99% dos planos de estabilização do Mundo, postos em prática na base do desespero, têm duração efêmera e logo revelam suas deficiências. No Brasil temos longa experiência. Fizemos meia dúzia de planos até adquirir a “expertise” necessária para obter sucesso com o Plano Real. Mas afinal, qual é a graça disso? É simples: todos os economistas que participaram de nossos planos de estabilização (alguns deles em vários) continuam vivos e com boa saúde. Na Coréia do Norte o autor do plano, o economista Pak Nam-gi (chefe do Departamento de Planejamento do Governo) acaba de ser fuzilado para acalmar a fúria do amado povo de Kim Jong-il.

3. Quando se discutiu a Lei de Responsabilidade Fiscal (que deu ao Brasil e condição necessária para perpetuar a estabilidade monetária), o PT mostrou uma grande miopia. Lutou com unhas e dentes para que ela fosse rejeitada. Felizmente perdeu. Hoje está convertido, mas algumas das tribos que o compõe continuam resmungando e ameaçando-a com sua ignorância.

4. O Brasil corre agora o sério risco de promover um aperfeiçoamento fiscal da mesma magnitude. O competente e diligente senador do Rio de Janeiro, Francisco Dornelles, que foi um dos melhores secretários da Receita Federal que este País já viu, é o relator de uma Lei de Responsabilidade Orçamentária. Se aprovada no Congresso Nacional e sancionada pelo Presidente da República, será a condição suficiente que falta para dar moralidade e segurança definitiva à ordem fiscal no Brasil.

5. A insistência do Partido Comunista Chinês em sustentar a “super-desvalorização” do Yuan. De acordo com estimativas, ela deve ser da ordem de 20% a 40% (enquanto nosso real está “super-valorizado” entre 15% a 20%!) o que dá vantagens imorais à exportação chinesa, e ameaça terminar com a paciência dos sindicatos americanos. Estes atribuem às importações da China parte do seu desemprego, mas não tinham força para corrigir o fato. No momento em que o Obama está com enormes dificuldades internas e que o Congresso enfrentará uma eleição em novembro a composição de forças mudou. A pressão dos sindicatos pode levar a atitudes impensadas de protecionismo cuja conseqüência seria uma desarticulação do comércio mundial.

Por Antonio Delfim Netto

VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR

Gisele e o boom das propriedades equestres de luxo

Gisele e o boom das propriedades equestres de luxo

Esse artigo explora a crescente tendência no mercado imobiliário de luxo de valorização de propriedades com instalações equestres de alta qualidade. Utilizando o exemplo recente de Gisele Bündchen, que investiu milhões em um château na Flórida, GLMRM ilustra como essas instalações se tornaram mais do que um mero “extra”. Elas agora são consideradas investimentos inteligentes, especialmente em tempos de incerteza econômica, e representam um estilo de vida exclusivo que atrai a elite financeira global.

Instagram

Twitter