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Sofia Coppola em cena de “O Poderoso Chefão III” || Créditos: Reprodução
Sofia Coppola em cena de “O Poderoso Chefão III” || Créditos: Reprodução

Prestes a completar 30 anos, o último capítulo da trilogia “O Poderoso Chefão” será comemorado com o lançamento de uma edição especial sobre sua produção. Intitulado “Mario Puzo’s The Godfather, Coda: The Death of Michael Corleone”, o filme feito sob medida para os fãs da saga cinematográfica inspirada no romance homônimo de Mario Puzo e adaptada para a telona por Francis Ford Coppola deverá estrear em cinemas selecionados de todo o mundo em dezembro, e em seguida aparecerá no catálogo de alguma gigante de streaming (a Amazon Prime é a candidata mais forte).

Encomendado pela Paramount, que produziu e distribuiu os três filmes da icônica franquia, “Mario Puzo’s The Godfather…” terá comentários inéditos de Coppola sobre a filmagem de algumas de suas cenas e, sobretudo, sobre os bafões de seus bastidores. Pra quem não sabe, o longa sempre esteve envolvido em polêmica, a começar pela desistência nos 45 do segundo tempo de Winona Ryder, que seria uma de suas principais estrelas e foi escolhida para o papel que acabou caindo no colo de Sofia Coppola, filha do cineasta.

Na época, Ryder alegou estar sofrendo de exaustão para não seguir adiante com o trabalho, que chegou a ser oferecido, sem sucesso, para estrelas como Julia Roberts e Madonna. E Sofia, cuja performance em “O Poderoso Chefão III” já foi eleita a pior da história do cinema, só topou substitui-la porque seu pai a implorou para tal. “Foi estranho, mas no fim aprendi a ser mais forte”, a hoje diretora consagrada disse em 2011 sobre a experiência de ter sido massacrada pela crítica especializada como atriz.

Não por acaso, a versão revisada de “O Poderoso Chefão III” está sendo vista por muitos como um pedido de desculpas de Coppola para sua herdeira mais famosa. E, justiça seja feita, de maneira geral o filme lançado no Natal de 1990 não agradou quase ninguém, além de ter arrecadado bem menos do que o esperado com a venda de ingressos e de ter sido “atropelado” nas bilheterias pelo grande sucesso daquele ano: “Os Bons Companheiros”, o inesperado sucesso de Martin Scorsese que o estabeleceu com um dos maiores diretores de Hollywood. (Por Anderson Antunes)

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