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Lisboa por Joyce Pascowitch // Crédito: Joyce Pascowitch

Enquanto todo mundo tenta entender o que está acontecendo no Brasil. Enquanto todo mundo tenta entender o que está acontecendo no mundo. Enquanto todo mundo tenta saber o que fazer nesses tempos tão esquisitos. Bem, alguma coisa tem de ser feita. Alguma saída há de haver. Algum esquema de sobrevivência, hello.

Eu estou tentando paliativos por aqui. Confesso que fica difícil lidar com esse astral no dia a dia, com essa falta de horizonte. Acho sinceramente que nossos pensamentos têm de descolar do que sempre pensamos, sonhamos e imaginamos ser o melhor. Devemos focar em brechas de luz, de esperança, de possibilidades. Pensando nisso, gostaria de dividir aqui com vocês minhas sensações sobre esse tema depois de 15 dias em Portugal.

Devo confessar que nunca fui muito fã de lá, sempre fui mais Nova York, Londres. Só que nos dias de hoje, não me parece que nem uma, nem outra estejam fazendo muito mais sentido. Acho que devemos mudar o foco. As expectativas. Afinal, o que a gente quer da vida? O que a gente espera? Posso dizer que uma semana em Lisboa me fez sentir um pouco para qual direção eu gostaria de mirar: eu quero sentir o tempo, quero ver o sol, a luz e o céu azul. Quero conversar com as pessoas, trocar ideias e experiências. (Quero também trocar receitas. Amo cozinhar).

Quero tempo para ler, observar, devanear. Contemplar. Quero alimentos frescos na minha mesa, frutas e verduras sem hormônios, plantadas e colhidas não muito longe, num clima ameno. Vinhos locais, peixes perfeitos. Se a economia não vai tão bem, paciência. A gente precisa se contentar com menos, ser feliz com o que realmente faz a diferença. Basta olhar em volta e ver no que deram as cidades com as quais antes a gente tanto sonhava…

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