Publicidade

Depois do diz-que-diz em torno da capa com Kamala Harris na Vogue América de fevereiro, que vazou no último fim de semana nas redes sociais, Anna Wintour quebrou o silêncio. No clique feito pelo fotógrafo Tyler Mitchell, a futura vice-presidente dos EUA está na frente de uma cortina rosa e verde – homenagem às cores de sua fraternidade Alpha Kappa Alpha – usando tênis Converse, uma de suas marcas registradas, com terninho preto e camiseta branca. Uma avalanche de críticas surgiram em torno do branqueamento de sua pele e do estilo simples demais para uma capa de revista de moda. A própria equipe de Kamala teria ficado decepcionada pois acreditava que uma imagem diferente seria escolhida, em que ela aparece usando terno azul claro contra um fundo dourado (foto que está na capa digital, menos valorizada).

Em uma declaração ao New York Times, Wintour disse que não havia “nenhum acordo formal” sobre a escolha da capa, mas frisou: “absolutamente não era nossa intenção diminuir a importância da incrível vitória da vice-presidente eleita”. De acordo com a editrix, a equipe de criação da publicação sentiu que o look casual era a melhor escolha para o momento atual, fazendo uma conexão com a situação pandêmica e tumultuada do país. Sobre a iluminação da imagem, que teria deixado Kamala mais ‘branca’, ela preferiu não comentar.

“Quando as duas imagens chegaram, sentimos que o retrato menos formal da vice-presidente eleita realmente refletia o momento em que estávamos vivendo”, disse Anna Wintour. “Estamos no meio de uma pandemia terrível que está tirando vidas a cada minuto, e sentimos que, assim, com um quadro menos formal, mais acessível, que refletia a marca registrada da campanha Biden-Harris, estaríamos mais alinhados a esse momento trágico da história global (…) Não queremos nada além de comemorar a incrível vitória de Kamala Harris e o momento importante que representa na história da América, especialmente para as mulheres negras em todo o mundo. Não consigo imaginar que haja alguém que não vá achar esta capa positiva. É a imagem de uma mulher no controle de sua vida que vai nos trazer a liderança de que tanto precisamos. Para mim, uma declaração importante e positiva sobre as mulheres e mulheres em poder”, finalizou a temida editora.

VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump tenta ressuscitar a franquia Rush Hour ao se aproximar de investidores e de Brett Ratner, num movimento que parece mais político do que cinematográfico. A proposta mistura nostalgia, estratégia cultural e a tentativa de reabilitar nomes controversos, mas enfrenta um mercado que não demonstra demanda real por um quarto filme. O episódio revela mais sobre a necessidade de Trump de reafirmar sua persona pública do que sobre qualquer impulso criativo em Hollywood.
Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise foi o grande nome do Governors Awards ao receber, após 45 anos de carreira, seu primeiro Oscar — um honorário. Em um discurso íntimo e preciso, ele relembrou a infância no cinema e reafirmou que fazer filmes “é quem ele é”. A entrega por Alejandro Iñárritu, seu novo parceiro em um projeto para 2026, reforçou o peso artístico do momento. Nos bastidores, o prêmio foi visto como aceno da Academia a um dos últimos astros capazes de mover massas ao cinema. Uma noite que selou não só um reconhecimento tardio, mas também a necessidade de Hollywood de se reconectar com sua própria grandeza.

Instagram

Twitter