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Beatriz Milhazes em passagem por São Paulo || Créditos: Paulo Freitas

Beatriz Milhazes é coisa nossa; e do mundo. A artista se prepara para uma individual em Nova York, “Marola”, com abertura no dia 22 de outubro na James Cohan Gallery, que a representa por lá. Serão apenas obras inéditas, incluindo uma escultura, a primeira de uma nova série. Glamurama não perdeu tempo e foi conversar com Beatriz para saber detalhes. ( Por Verrô Campos)

Glamurama: Podemos esperar por uma continuidade de seus elementos nesta individual em Nova York, ou é um momento de ruptura?
Beatriz Milhazes: “O meu processo de trabalho no ateliê é sempre evolutivo. A cada período de criação, introduzo novos elementos que desenvolvem uma ‘reação em cadeia’ e, alguns anos mais tarde, propiciarão uma nova fase. Em Nova York será mostrada uma nova fase que se iniciou em 2012, onde a arte abstrata histórica se torna a grande referência para o trabalho”.

Glamurama: Você vai expor junto às telas uma escultura também inédita, a primeira de uma série que está preparando. Como foi trabalhar com esta outra dimensão da arte para você? Você pode adiantar algo como cores e materiais da série?
Beatriz Milhazes: “Tudo começou com os cenários que desenvolvo para a Marcia Milhazes Companhia de Dança, da minha irmã, com elementos que começaram a ‘invadir’ a área cênica. A série ‘Gamboa’ surgiu daí. O ‘Gamboa’ é praticamente um conceito de instalação, baseado no formato de um móbile, que se desenha e toma corpo de acordo com o espaço em questão. Em 2011, me interessei, então, a investigar o universo de três dimensões.  Ano passado completei as três primeiras peças que considero esculturas de fato, baseadas no formato do móbile, e que serão mostradas em NY em conjunto com as pinturas. Será um diálogo entre os dois meios”.

Glamurama: Suas obras estão espalhadas por algumas das principais coleções no mundo, como o Reina Sophia na Espanha e o MET e o MoMA em Nova York. Existe algum acervo do qual você ainda sonha participar?
Beatriz Milhazes:
 “É super importante para mim que as coleções de museus e privadas constituam um grupo de obras do meu trabalho, que o representem não só pelos diferentes meios em que produzo, como também a evolução da obra. Isto já acontece em alguns museus importantes, como o MOMA e Gugguenheim, assim como o Museu de Belas Artes, e isto me dá muito prazer”.

Glamurama: Na sua opinião, quais são os novos rumos da arte?
Beatriz Milhazes:
 “Difícil dizer. Creio que a arte contemporânea está em um momento que necessita de reflexão. A arte deve estar na vida, e todos os seres humanos devem experimentar os seus potenciais ao máximo. No entanto, as profissões de artista, curador, dono de galeria ou diretor de museu têm suas próprias questões e precisam de formação, dedicação, prática e profissionalismo. Elas devem ter um caráter evolutivo com a história da arte. O momento atual parece ter perdido esta noção e espero que a arte contemporânea recupere o seu rumo”.

“Marola”, Beatriz Milhazes
James Cohan Gallery, Nova York
De 22 de outubro a 28 de dezembro

 

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