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Jornalista Cristiane Correa é autora de Sonho Grande – Como Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira Revolucionaram o Capitalismo Brasileiro e Ganharam o Mundo

Por Márcia Rocha para revista PODER

Com cerca de 250 mil exemplares vendidos desde que foi lançado em abril de 2013, Sonho Grande – Como Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira Revolucionaram o Capitalismo Brasileiro e Ganharam o Mundo (ed. Primeira Pessoa), da jornalista paulistana Cristiane Correa, vai sair na China ano que vem (o livro já tem uma versão em inglês chamada Dream Big). Se ela esperava esse sucesso todo? “Os editores achavam que ia ser um bom livro, mas um livro que venderia 30 mil exemplares”, revela a jornalista de 43 anos que, antes de se lançar como autora, trabalhou durante mais de uma década na revista Exame, da Editora Abril. Foi lá, há sete anos, que ela teve a ideia de escrever um livro sobre o trio controlador da AB InBev, Heinz e Burger King, considerado um dos mais bem-sucedidos da história empresarial do país. Mas foi só em agosto de 2011 que Cristiane começou efetivamente a digitar as primeiras linhas de sua história de sucesso – a deles e a dela.

“Quando percebi que não ia conseguir conciliar o livro com o trabalho na revista, pedi demissão da empresa”, conta. Não foi uma decisão fácil – sair da Abril significava deixar para trás uma carreira bem-sucedida como editora-executiva. Antes de dar esse passo, porém, Cristiane – como todo bom jornalista – conversou com muita gente e contou com o empurrão de muitas pessoas para levar sua ideia adiante. Uma delas foi Eduardo Oinegue, que já tinha sido editor-executivo da revista Veja. “Ele disse: ‘Vá em frente, escrever um livro é como escrever 20 matérias de capa e você já fez isso nesses anos todos’”, lembra.

Outro jornalista com quem Cristiane sentou para conversar foi Laurentino Gomes, autor da trilogia 1808, 1822 e 1889, que, juntos, já venderam mais de 1,5 milhão de exemplares. Gomes é – para usar um jargão típico do mundo dos negócios – o benchmark de Cristiane atualmente. “Ele construiu uma carreira sólida como jornalista, conseguiu fazer uma transição e vive dos livros que escreve, o que é muito difícil no Brasil”, diz ela, referindo-se ao autor quatro vezes vencedor do Prêmio Jabuti.

Quase dois anos, cerca de 100 entrevistados – um deles é o megainvestidor americano Warren Buffett, sócio de Lemann, Telles e Sicupira na Heinz, com quem Cristiane conversou pessoalmente – e milhares de caracteres depois, Sonho Grande permanece na lista dos livros de não ficção mais vendidos de vários veículos do país. O livro também abriu para Cristiane as portas de outra carreira, a de palestrante. “Desde o lançamento, já fiz mais de 30 palestras em universidades e empresas Brasil afora”, revela.

Agora, fiel às lições aprendidas com os empresários mais bem-sucedidos do país, ela cuida de perpetuar o “seu negócio” e já está trabalhando no próximo livro, que deve sair no primeiro semestre de 2015. Dessa vez, é a história de Abilio Diniz que Cristiane vai contar. E com direito a aspas do empresário, o que não aconteceu com Sonho Grande (Lemann, Sicupira e Telles são famosos por sua aversão a entrevistas).

Escrevendo a uma velocidade de 5 mil caracteres por dia – “Quem disse que autores não podem ter metas?” –, ela garante não estar preocupada se vai ou não fazer sucesso com esse segundo livro. “Estou concentrada no jogo e não na plateia”, diz, referindo-se a outra lição que aprendeu ao escrever Sonho Grande: é que o professor de tênis de Lemann costumava dizer para ele que, para ganhar a partida, é preciso jogar de olho na bola, não na torcida. Nesse meio-tempo, Cristiane já tem ideias sobre seu terceiro livro – mas isso ela não pode contar. Discrição foi outra coisa que aprendeu com Lemann e sua turma.

 

Sonho Grande – Como Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira Revolucionaram o Capitalismo Brasileiro e Ganharam o Mundo

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