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Cena de Café Society || Créditos: Reprodução

Mais uma vez o diretor Woody Allen lança seu melhor filme. Essa premissa da grande imprensa para falar sobre qualquer lançamento do diretor talvez possa ter determinada razão no caso de “Café Society”, que chegou nessa quinta-feira aos cinemas. Não à toa, o filme foi escolhido para abrir o Festival de Cannes deste ano. Na ocasião o diretor, no auge dos seus 80 anos, comentou: “A partir do momento em que escrevi (essa) história era como se estivesse lendo meu próprio romance”.

Tudo indica que o filme tenha um quê autobiográfico: entre os anos de 1930 e 1940, o jovem judeu Bobby (Jesse Eisenberg) sai de Nova York direto para Hollywood, para trabalhar com o tio Phil (Steve Carell), poderoso agente de cinema. Ele se apaixona por Vonnie (Kristen Stewart), a secretária do tio que, apesar de gostar dele, se mostra resistente já que mantem um namoro. Spoilers à parte, Bobby acaba voltando para Nova York para gerenciar o night club do irmão, chamado Café Society. De volta a sua cidade natal ele se apaixona por Veronica (Blake Lively), com quem se casa. O protagonista, no entanto, se questiona sobre seu casamento quando Vonnie, seu antigo amor, aparece na cidade.

Além do elenco estrelado, o filme ganha o público com um final que pode causar vertigem. Não só pelo movimento de câmera da última cena, mas pela verossimilhança. Afinal, quem não se pergunta se tomou as decisões corretas na vida? Ingresso mais do que válido. (Por Victor Martinez)

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