O secretário municipal de Educação, Gabriel Chalita, continua sendo o mais provável candidato a vice do prefeito Fernando Haddad (PT) na tentativa de reeleição. Pesquisas qualitativas feitas pelo PT mostram que Chalita é um agregador eleitoral importantíssimo para Haddad, que amarga forte rejeição na capital. “Você já viu o Chalita numa roda de conversa com padres de direita? Ele é um cardeal”, definiu um dirigente do PT. A figura de Chalita facilita a entrada do PT num eleitorado de centro, mais tradicional e conservador, e abre canais com a Igreja Católica. A definição se dará nas próximas semanas, mas o PT crê na saída de Chalita do PMDB e em sua filiação ao PDT. A ida de Chalita para a vice cria problemas com o PC do B, partido da atual vice-prefeita, Nádia Campeão. Os petistas têm elogiado a atuação de Nádia, mas já pensam em compensações futuras, caso Haddad seja reeleito, para o PC do B não encrencar tanto com a troca.
Chalita teve uma conversa recentemente com o vice-presidente da República e presidente do PMDB, Michel Temer, e ficou acertada a permanência dele no partido até março. Temer trabalha para segurar Chalita na sigla e também não quer se indispor com Haddad, já que sua filha, Luciana Temer, é secretária na administração do petista. Mas caso Chalita permaneça no PMDB e o partido lance a senadora Marta Suplicy à prefeitura, a lei eleitoral veda a participação do secretário em campanhas do petista. Chalita não poderia participar de comícios, e tampouco aparecer em propagandas de rádio e televisão. Esse é o fator preponderante para que o PT trabalhe em favor da desfiliação do secretário. (Por Malu Delgado)
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