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O cantor, compositor e escritor brasileiro Chico Buarque de Holanda recebeu, na segunda-feira (24/4), o Prêmio Camões, um dos mais respeitados do mundo na literatura. A cerimônia ocorreu, depois de quatro anos do anúncio da condecoração, no luxuoso salão do trono do Palácio Nacional de Queluz, onde nasceu e morreu o imperador Dom Pedro I, em Portugal. Chico Buarque recebeu o prêmio das mãos dos presidentes do Brasil, Luis Inácio Lula da Silva, e de Portugal, Marcelo Rebelo de Souza. O presidente português comparou a premiação comparou o Prêmio Camões de Chico ao Nobel de Literatura recebido pelo cantor Bob Dylan. Reconheceu o gigantismo dos dois – “como o Everest” mas ressalvou que a obra do brasileiro é mais vasta, pois vai das músicas ao teatro e à literatura.“Se, hoje, estamos aqui para fazer esse gesto de reparação e celebração da obra do Chico, é porque, finalmente, a democracia venceu no Brasil”, discursou o presidente Lula.

Emocionado, Chico citou seu pai, o historiador e sociólogo Sergio Buarque de Holanda, “de quem herdei alguns livros e o amor pela língua portuguesa”. E dedicou o prêmio a “tantos autores e artistas brasileiros humilhados e ofendidos nesses últimos anos de estupidez e obscurantismo”. Para o compositor, “Valeu a pena esperar por esta cerimônia, marcada não por acaso para a véspera do dia em os portugueses descem a Avenida da Liberdade a festejar a Revolução dos Cravos”, citou. Estavam presentes na cerimônia políticos, autoridades como os ministros Silvio Almeida, Margareth Menezes e Anielle Franco, o escritor Mia Couto, a presidente da Fundação Saramago, Pilar del Rio, a cantora Fafá de Belém e a cantora portuguesa Carminho.

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