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Marta na Copa do Mundo 2019 || Créditos: Reprodução
Marta na Copa do Mundo 2019 || Créditos: Reprodução

Marta é a maior jogadora de futebol do mundo. Isso é fato e não tem como contestar. Ela, que costuma se manter longe das polêmicas envolvendo o futebol feminino, principalmente a seleção brasileira, mostrou um comportamento diferente e empoderado nesta edição da Copa do Mundo. Primeiro, ao aparecer com uma chuteira sem marca com o símbolo de igualdade de gênero, depois com uma maquiagem bem forte e, nesse domingo, em um desabafo emocionado depois do jogo contra a França, em que o time do Brasil foi eliminado da competição.

Com a voz embargada e emocionada, ela disse: “A gente pede tanto, pede apoio, mas a gente também precisa valorizar. A gente está sorrindo aqui e acho que é esse o primordial, ter que chorar no começo para sorrir no fim. Quando digo isso é querer mais, treinar mais, estar pronta para jogar 90 e mais 30 minutos e mais quantos minutos forem necessários. É isso que peço para as meninas. Não vai ter uma Formiga para sempre, uma Marta, uma Cristiane. O futebol feminino depende de vocês para sobreviver. Pensem nisso, valorizem mais. Chorem no começo para sorrir no fim”, disse na entrevista após o jogo.

Isso tudo porque elas – Marta, Formiga e Cristiane – fazem parte de uma geração que conquistou feitos maiores com a seleção, como o vice-campeonato Mundial em 2007 e as medalhas de prata nas Olimpíadas (Atenas 2004 e Pequim 2008) – em situações diferentes da atual, em que as mulheres da seleção trabalhavam em condições muito inferiores em todos os sentidos. Claro que isso não muda o trabalho de valorização que o futebol feminino necessita e que ainda está longe do ideal, mas que as jogadoras mais novas precisam de dedicação total para conseguir trazer a seleção de volta ao protagonismo.

Após a partida, ela escreveu em seu Instagram: “Gratidão a todos ! Obrigado meu Brasil por tanto carinho! A luta continua, saio dessa copa de cabeça erguida e com muito orgulho de todas as Guerreiras!”, ao mostrar claramente que tem consciência de que elas fizeram tudo o que era possível nessa competição e que jogaram no mesmo patamar da seleção francesa, que era a favorita do jogo e inclusive uma das candidatas a levar o campeonato mundial.

Fato é que daqui dois anos, a seleção voltará a ter mais uma boa oportunidade com as Olimpíadas de Tóquio 2020. Marta, Cristiane e Formiga, esta última que já afirmou ter a intenção de participar do campeonato, ainda estarão em campo. Mas, e depois? É preciso começar a pensar no futuro que é agora. Marta é e será para sempre gigante, mas não dá para parar por aí. Bola pra frente!

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