Publicidade
Pai e filho durante gravações do documentário

“Uma pessoa iluminada, daquelas que te conquistam logo de cara”. Essa é a definição do cineasta Felipe Mansur, que acompanhou a rotina de Jair [morto nesta quinta-feira] e Jairzinho durante o processo de gravação do documentário “Jair Oliveira 30”, sobre os 30 anos de carreira de Jair Oliveira, recém-lançado em DVD. Confira abaixo a entrevista com o diretor.

Como foi a sua relação com o Jair Rodrigues durante as gravações?

Ele era um amigo e estava sempre brincando e com um bom humor contagiante. Acho que uma das partes mais importantes do filme é um registro que fizemos na casa do próprio Jair Rodrigues. Ele e Jairzinho tocando “Disparada”, só voz e violão.

Porque decidiu mostrar a trajetória do filho?

Acho a história do Jair [Oliveira] muito rica e importante para a música brasileira. Ele começou aos seis anos de idade cantando com o pai, em seguida entrou no “Balão Mágico”, que foi um dos maiores sucessos da história da TV.Cresceu e, de certa forma, teve que começar uma nova carreira, solo, se tornando um dos principais compositores e produtores musicais. Todos esses aspectos e momentos explicam o porquê desse projeto ter evoluído tanto. Conhecia pouco o trabalho do Jair quando começamos a trabalhar e acho que o meu olhar de descobrimento é também o olhar daqueles que querem conhecer e entender melhor o grande artista que ele é. Dessa forma, tentei retratar os pontos que eram mais surpreendentes para mim.

Jair e os filhos, Luciana e Jairzinho

Qual foi o foco de suas entrevistas no filme?

Fiz inúmeras entrevistas com o Jair [Oliveira]. Elas conduzem o filme e revelam as opiniões dele sobre assuntos da sua vida, em especial a música, a fama e o apego que tem pela família. Ele se entregou para esse projeto, falou de assuntos que nunca tinha falado antes. Muitos que viram o documentário tinham uma imagem do Jair e após assisti-lo saíram com outra imagem. Temas como a questão de não usar em seus discos o nome artístico “Jairzinho”, ele usa agora Jair Oliveira, e os desafios de ser filho do grande Jair Rodrigues são abordados de uma maneira que nunca haviam sido antes. Além disso, captamos entrevistas e encontros musicais com grandes nomes como Tom Zé, Jair Rodrigues, Wilson Simoninha, Luciana Mello, Pedro Mariano, Max de Castro e, claro, Simony.

Assista abaixo o trailer do filme:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump tenta ressuscitar a franquia Rush Hour ao se aproximar de investidores e de Brett Ratner, num movimento que parece mais político do que cinematográfico. A proposta mistura nostalgia, estratégia cultural e a tentativa de reabilitar nomes controversos, mas enfrenta um mercado que não demonstra demanda real por um quarto filme. O episódio revela mais sobre a necessidade de Trump de reafirmar sua persona pública do que sobre qualquer impulso criativo em Hollywood.
Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise foi o grande nome do Governors Awards ao receber, após 45 anos de carreira, seu primeiro Oscar — um honorário. Em um discurso íntimo e preciso, ele relembrou a infância no cinema e reafirmou que fazer filmes “é quem ele é”. A entrega por Alejandro Iñárritu, seu novo parceiro em um projeto para 2026, reforçou o peso artístico do momento. Nos bastidores, o prêmio foi visto como aceno da Academia a um dos últimos astros capazes de mover massas ao cinema. Uma noite que selou não só um reconhecimento tardio, mas também a necessidade de Hollywood de se reconectar com sua própria grandeza.

Instagram

Twitter