Publicidade
Gisele Bündchen e Tom Brady || Créditos: Reprodução
Gisele Bündchen e Tom Brady || Créditos: Reprodução

Gisele Bündchen e Tom Brady possuem, juntos, uma fortuna estimada em US$ 580 milhões (R$ 2,35 bilhões, dos quais a maior parte – US$ 400 milhões/R$ 1,62 bilhão – é da brasileira). Mas quando o assunto são as iniciativas filantrópicas do casal, as cifras em jogo são bem menores, de acordo com um levantamento feito pelo “New York Post”. O jornal teve acesso a documentos emitidos pela fundação dos dois, a Luz Foundation, que indicam que a entidade distribuiu apenas US$ 36.455 (R$ 148 mil) em 2018. Desse montante, US$ 22 mil (R$ 89,3 mil) foram para a Brazil Foundation, que todos os anos organiza um gala beneficente em Nova York. Ainda com base nos papéis obtidos pelo “Post”, a Luz Foundation enviou um cheque de meros US$ 300 (R$ 1.218) para a ONG Waterkeeper Nicoya Peninsula, da Costa Rica, US$ 900 (R$ 3.654) para o World Wildlife Fund e US$ 1 mil (R$ 4.060) para a ONG da Califórnia Challenged Athletes Foundation.

Em compensação, a Luz Foundation recebeu US$ 432,9 mil (R$ 1,76 milhão) em doações da Gisele Inc., uma empresa ligada à supermodelo e através da qual ela recebe os royalties de seu bestseller “Aprendizados: Minha Caminhada Para Uma Vida Com Mais Significado”. A top das tops prometeu doar toda a renda que obtivesse com a obra para a caridade, mas ainda havia US$ 378,4 mil (R$ 1,54 milhão) nos cofres da Luz Foundation no fim de 2018, descobriu o “Post”.

Bündchen, que por anos foi a supermodelo mais bem paga do mundo, já disse em entrevistas que sempre reservou 5% de seus ganhos para vários projetos sociais. E em 2010 ela foi a celebridade que fez a maior doação para as vítimas do terremoto que devastou boa parte do Haiti: US$ 1,5 milhão (R$ 6,1 milhões) para a Cruz Vermelha, bem mais do que os US$ 250 mil (R$ 1,01 milhão) desembolsados na época por Madonna para a causa. Brady, por sua vez, doou US$ 500 mil (R$ 2,03 milhões) para a ONG americana Change the World Foundation em 2016, sua maior contribuição filantrópica de que se tem notícia.

O “Post” também teve acesso a documentos de entidades filantrópicas fundadas por outras celebridades, como Martin Scorsese e Kevin Spacey. No caso do diretor, que tem uma fortuna estimada em US$ 100 milhões (R$ 406 milhões), foram doados US$ 175 mil (R$ 710,5 mil) para a fundação dele, a Scorsese Family Foundation, em 2017, e parte desse dinheiro foi usada para pagar salários de alguns de seus colaboradores. E o caso de Spacey, que caiu em desgraça há três anos depois de ser acusado de assédio sexual, é ainda mais curioso. O ator também tem um patrimônio estimado em US$ 100 milhões (R$ 406 milhões), mas doou somente US$ 22 (R$ 89,32) em 2018, ante os US$ 133,7 mil (R$ 542,8 mil) que havia desembolsado no ano anterior. Beyoncé Knowles e Jay-Z, que têm fortuna combinada de US$ 1,4 bilhão (R$ 5,68 bilhões), doaram US$ 407,2 mil (R$ 1,65 milhão) no mesmo período, enquanto Madonna (que tem na conta estimados US$ 850 milhões/R$ 3,45 bilhões) viu sua fundação Raising Malawi sendo auditada e acabou tendo um prejuízo de US$ 2 milhões (R$ 8,1 milhões) – ou seja, nada de doações registradas no nome da material girl. (Por Anderson Antunes)

VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump tenta ressuscitar a franquia Rush Hour ao se aproximar de investidores e de Brett Ratner, num movimento que parece mais político do que cinematográfico. A proposta mistura nostalgia, estratégia cultural e a tentativa de reabilitar nomes controversos, mas enfrenta um mercado que não demonstra demanda real por um quarto filme. O episódio revela mais sobre a necessidade de Trump de reafirmar sua persona pública do que sobre qualquer impulso criativo em Hollywood.
Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise foi o grande nome do Governors Awards ao receber, após 45 anos de carreira, seu primeiro Oscar — um honorário. Em um discurso íntimo e preciso, ele relembrou a infância no cinema e reafirmou que fazer filmes “é quem ele é”. A entrega por Alejandro Iñárritu, seu novo parceiro em um projeto para 2026, reforçou o peso artístico do momento. Nos bastidores, o prêmio foi visto como aceno da Academia a um dos últimos astros capazes de mover massas ao cinema. Uma noite que selou não só um reconhecimento tardio, mas também a necessidade de Hollywood de se reconectar com sua própria grandeza.

Instagram

Twitter