Publicidade
a
Cidade cenográfica recompõe uma vila mineira do século 18 || Crédito: Glamurama

Cascas de laranja jogadas no chão, restos de comida, dejetos de cavalo na rua e água escorrendo por entre as valas. Tudo isso pode ser encontrado de verdade na cidade cenográfica de Vila Rica, no Projac, para reproduzir perfeitamente como era o povoado mineiro, no século 18. A ideia é retratar com fidelidade a época, quando não havia saneamento básico e o esgoto era a céu aberto, com uma higiene altamente precária.

“Há uma preocupação com a higiene, é claro, mas também queremos reproduzir como era a vila na época, por isso o cocô de cavalo fica de verdade na rua”, explica o cenógrafo responsável pela trama, Paulo Renato.

A cidade cenográfica foi levantada do zero em apenas três meses e conta com mais de 30 casinhas em um espaço de 4 mil metros quadrados. Paredes de pau a pique, tons terrosos em todas as suas variações, madeira de demolição, telhas de cerâmica, esteiras de forração de teto feitas de palha de taquara e reproduções de pedra pé de moleque são algumas das características que remetem à época.

Para móveis e peças do cenário, a busca em antiquários mineiros e o contato com colecionadores de antiguidades foi essencial. Com isso, a equipe de produção conseguiu garimpar cadeiras, camas, carruagens, liteiras, entre outros itens. Como as peças desse período são raras, nem tudo foi encontrado, e os profissionais tiveram de reproduzir grandes móveis como armários e mesas de acordo com a arquitetura daquele tempo. Até os colchões foram desenvolvidos, pois o tamanho e o material das camas eram diferentes dos usados atualmente.

*

“Liberdade, Liberdade” narra a história de Joaquina, personagem de Andreia Horta, filha de Tiradentes – interpretado por Thiago Lacerda – com Antônia, papel de Leticia Sabatella. (Por Denise Meira do Amaral)

[galeria]4236631[/galeria]

 

VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump tenta ressuscitar a franquia Rush Hour ao se aproximar de investidores e de Brett Ratner, num movimento que parece mais político do que cinematográfico. A proposta mistura nostalgia, estratégia cultural e a tentativa de reabilitar nomes controversos, mas enfrenta um mercado que não demonstra demanda real por um quarto filme. O episódio revela mais sobre a necessidade de Trump de reafirmar sua persona pública do que sobre qualquer impulso criativo em Hollywood.
Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise foi o grande nome do Governors Awards ao receber, após 45 anos de carreira, seu primeiro Oscar — um honorário. Em um discurso íntimo e preciso, ele relembrou a infância no cinema e reafirmou que fazer filmes “é quem ele é”. A entrega por Alejandro Iñárritu, seu novo parceiro em um projeto para 2026, reforçou o peso artístico do momento. Nos bastidores, o prêmio foi visto como aceno da Academia a um dos últimos astros capazes de mover massas ao cinema. Uma noite que selou não só um reconhecimento tardio, mas também a necessidade de Hollywood de se reconectar com sua própria grandeza.

Instagram

Twitter