Publicidade
As Bahias e a Cozinha Mineira / Crédito: Instagram

Raquel Virgínia, Assucena Assucena e Rafael Acerbi formam o trio As Bahias e a Cozinha Mineira, criado em 2011 dentro da Universidade de São Paulo. Com fortes referências da música popular brasileira, o último álbum lançado foi “Tarântula”, de 2019, que trouxe à tona temáticas como a importância do afeto e a polarização política que vivemos hoje.

O trio, que se tornou queridinho de uma turma que sabe das coisas, estava trabalhando em um novo projeto quando a quarentena começou, obrigando todos a ficarem em casa. “Cada vez mais tento trabalhar pensando no momento em que isso vai passar, mesmo sabendo que algumas coisas não serão mais como antes. É um momento de quebra de paradigmas em vários sentidos. Do ético ao tecnológico”, diz Raquel.

À TODO VAPOR

Os lançamentos e apresentações tiveram que parar momentaneamente, mas o cotidiano de Assucena, Raquel e Rafael ainda envolvem muito trabalho. “Estamos fazendo inúmeras reuniões por videoconferência para propor ideias e pensar os rumos da banda para agora e para depois da pandemia. Não é simples atravessar uma crise global sem precedentes. Instituições públicas e privadas estão tentando entender esse momento. Estamos apostando em entregas com marcas parceiras e possíveis respostas que tenham, também, um caráter de exclusividade”, revela Assucena.

Nesse período, o trio, assim como outros artistas, tem usado bastante as redes sociais para se manter próximo ao público: “Fizemos algumas lives no Instagram d’As Bahias e a Cozinha Mineira, recebemos Fióti, Roberta Sá e Fefito em uma boa conversa e música, fizemos algumas liveshows para festivais como Música em Casa e Marsha, entre outros, e temos uma agenda de shows virtuais. Tenho acompanhado as lives da Roberta Sá e da Tereza Cristina, que arrasam muito, com repertório e interpretação de arrepiar”, completa Assucena.

Além disso, o grupo tem trabalhado em novas músicas. “Mandamos músicas, ideias e estudamos à distância nossos projetos. É o jeito”, explica Raquel. “Temos planejado muita coisa para a quarentena, inclusive projetos a serem lançados este ano ainda. A arte é uma forma de libertação, entretenimento e distração para milhares de pessoas no Brasil e no mundo, e queremos muito fazer esta diferença e contribuir durante – e após – esse momento tão delicado”, desabafa Rafael.

POR MAIS TOLERÂNCIA

Desde o início da carreira, As Bahias e a Cozinha Mineira são um trio que fala o que pensa da situação política do Brasil e apoia movimentos a favor de minorias, entre eles o movimento LGTB. O título dado ao seu álbum mais recente remete à Operação Tarântula, ação policial que perseguiu travestis em São Paulo com a desculpa de prevenir a disseminação do HIV. No ótimo trabalho, os músicos apresentam canções reflexivas e pedem por mais tolerância.

https://www.instagram.com/p/BzDaIaVnT6u/

Politizados, os integrantes do grupo fazem questão de comentar o descaso do governo federal em relação ao coronavírus, que já matou mais de 7 mil pessoas no Brasil. “É vergonhosa a maneira como o ocupante do cargo mais alto da república tem lidado com a responsabilidade para com a vida dos brasileiros. Me parece que não há compromisso, muito menos responsabilidade, o que há é uma narrativa que pretende descreditar a ciência, a imprensa e a arte em detrimento da vida. E daí? Daí fica a lição que nossa democracia é jovem e frágil”, lamenta Assucena.

E DEPOIS?
Para quando a pandemia passar, os planos são muitos. Mas Raquel, Assucena e Rafael sabem que o processo será lento. “Será um retorno progressivo à rotina. Os eventos artísticos serão os últimos a voltar. Provavelmente os shows acontecerão apenas no ano que vem, sendo otimista. Muitos planos sim, porém alguns estão sendo readequados”, conta Assucena.

Mas o que todos eles mais querem fazer assim que possível é ficar perto do público. Enquanto isso não acontece, a ideia é seguir lançando novidades para os fãs. “Em breve, novidades”, avisa Raquel. Já estamos ansiosos!

VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR

Pressão Legal Abala Boicote de Cineastas à Indústria Israelense

Pressão Legal Abala Boicote de Cineastas à Indústria Israelense

Advogados do grupo Lawyers for Israel enviaram uma carta à Netflix e à BBC acusando artistas e instituições do Reino Unido de promoverem um boicote ilegal contra o cinema israelense. O movimento, impulsionado pela campanha Film Workers for Palestine, pede a suspensão de parcerias com entidades israelenses durante a guerra em Gaza. Para os advogados, a ação viola leis antidiscriminação britânicas; já os apoiadores defendem o boicote como forma legítima de protesto. A polêmica divide a indústria e pode definir novos limites entre ativismo político e discriminação no entretenimento global.
Especialista defende Meghan Markle após beijo no ar malsucedido na Paris Fashion Week

Especialista defende Meghan Markle após beijo no ar malsucedido na Paris Fashion Week

Durante a Paris Fashion Week, Meghan Markle protagonizou um momento constrangedor ao tentar trocar um “beijo no ar” com o designer Pier Paolo Piccioli, resultando em um leve choque de cabeças. A especialista em linguagem corporal Judi James defendeu a duquesa, afirmando que o erro partiu de Piccioli, que se aproximou demais e usava óculos escuros, dificultando a leitura dos sinais não verbais. Segundo James, Meghan reagiu com elegância e autocontrole, evitando contato excessivo. O episódio mostra como cada gesto da duquesa segue sendo amplamente analisado sob os holofotes da mídia internacional.

Instagram

Twitter