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Antonio Fernando da Silva, filho de Plácido da Silva Nunes condenado pelo assassinato do pai, e o empresário, morto em 2007 || Créditos: Reprodução Instagram

A MediaBridge, produtora dos italianos Angelo Salvetti e Cosimo Valerio, responsáveis pelos longas “Chacrinha – O Velho Guerreiro” e “Intervenção”, vai revelar agora uma trama real e digna de um bom thriller: “O Rei do Bacalhau”. Trata-se da história do assassinato de Plácido da Silva Nunes, fundador e dono da famosa rede carioca de restaurantes, morto pelo filho adotivo com a ajuda de um pistoleiro, em 2007. O roteiro é de Raphael Montes e o idealizador e coprodutor do filme é Rodrigo Pimentel, ex-capitão do BOPE e autor do livro “Elite da Tropa”, que deu origem ao longa ‘Tropa de Elite’. A produção será rodada no segundo semestre de 2019 e o elenco ainda não foi definido.

Relembrando o caso: Em 2007 a morte do português Plácido da Silva Nunes, dono do restaurante carioca Rei do Bacalhau, encontrado morto aos 75 anos por estrangulamento dentro de casa, tomou as manchetes. Dinheiro e joias teriam sido roubadas. Na ocasião, o caso foi registrado como latrocínio (roubo seguido de morte) e a polícia não desconfiou de Antônio Fernando da Silva, filho adotivo do empresário. Apenas em 2010, a morte do gerente do restaurante trouxe a questão à tona de novo. Ao investigar o caso, a polícia descobriu que a morte do funcionário teria sido encomendada pela mesma pessoa que assassinou Plácido, e então chegaram no nome de Antônio Fernando da Silva. Naquele ano, Silva foi preso acusado de mandar matar o pai por motivo financeiro: além de herdar o primeiro restaurante aberto pelo pai, Silva recebeu o seguro de vida de R$ 2 milhões e previdência privada de R$ 8 milhões, que rendia R$ 36 mil mensais.

De acordo com as investigações, Antônio encomendou a morte de mais duas pessoas: do advogado dele e de um pai de santo, que sabiam detalhes dos crimes. Meses depois, um policial que investigava também foi encontrado morto, além de um garçom. Resumo da ópera: Antônio foi acusado pela morte de seis pessoas, se tornando um perfeito roteiro de filme policial hollywoodiano. Em 2017, ele foi condenado pela a 21 anos e 9 meses de prisão.

O restaurante, que funciona há mais de 30 anos na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, tem uma clientela fiel e é conhecido na cidade pelos pratos tradicionais com bacalhau. Seu funcionamento foi colocado em cheque nos momentos cruciais das acusações, pela ligação do nome do acusado ao restaurante, mas resistiu a tudo e segue na ativa até hoje.

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