De grafiteiro a empresário, o italiano que hypou com uma marca de óculos

É só dar uma olhada nos perfis do Instagram de mulheres antenadas como Giovanna Battaglia, Anna Dello Russo e Chiara Ferragni para perceber: os óculos espelhados estão com tudo. Muitos modelos, inclusive, da marca italiana Spektre. Fundada em 2009 pelo jovem Niccolo Pocchini, de 27 anos, a label chegou ao Brasil em junho e tem ganhado cada vez mais fãs. Primeiro porque é vendida como artigo de luxo em poucos pontos de venda -como NK Store, Nag Nag, Tófano e no Gallerist- e segundo porque os pedidos dessas lojas não vencem! A história da Spektre é um case de sucesso, daqueles bem atuais -leia-se um jovem desempregado que comprou óculos coloridos em Camden Town, em Londres, e acabou se inspirando para abrir o próprio negócio.

Niccolo vai até começar a ministrar palestras em uma faculdade de economia em Milão para contar sua história. Afinal, em menos de três anos, a Spektre passou de 500 a 140 mil unidades vendidas e está presente em quase 800 pontos de vendas em 42 países. Em sua primeira visita ao Brasil, Niccolo bateu um papo com Glamurama. Usando jeans, boné e camiseta, ele confessa que passou a adolescência pichando muros de Milão. Filho de um ex-dono de galeria de arte que faliu durante a crise econômica de 2008, ele deve suas criações coloridas ao pai e ao tempo de grafiteiro. Confira trechos da entrevista.

Cara de Pau – “A gente não tinha assessoria, nem vendedor, nem nada. Eram apenas eu, o Facebook e nossa cara de pau. Quando lançamos a nossa primeira coleção, fomos procurando produtores, stylists e editoras de moda pedindo para eles usarem os óculos, para os ensaios fotográficos ou para apenas usar, e mostrar para os amigos.”

Va di moda – “A marca é uma mistura de elegância e street style. Você o usa como um acessório inesperado, surpresa. Nossa estratégia é que os outros perguntem: ‘Onde você comprou isso?’. Não estamos nas grandes lojas de departamento. Mas é ainda melhor, porque faz com que as pessoas os desejem.”

Internet – “Milão é o centro da moda do mundo.  Acredito que se você trabalhar duro e tiver um produto bom, é fácil ser visto. Mas claro que fui pedir para o Roberto Cavalli usar meus óculos no início (risos). E uma foto só que essas pessoas publicam no Instagram ou Facebook, outras milhares estão de olho.”

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