O ator norte-americano Dean Cain, de 59 anos, conhecido mundialmente por interpretar o Superman na série dos anos 1990 Lois & Clark: As Novas Aventuras do Superman, anunciou nessa sexta-feira, 8, que vai se juntar ao Serviço de Imigração e Controle de Alfândega dos Estados Unidos (ICE, na sigla em inglês). A decisão foi tornada pública durante uma entrevista concedida ao canal conservador Fox News, onde o ator afirmou estar pronto para “entrar em ação” e ajudar nas políticas de fiscalização de fronteiras.
Segundo Cain, a iniciativa surgiu após ele compartilhar nas redes sociais um vídeo institucional promovendo o recrutamento de novos agentes para o ICE. A publicação viralizou, e, após repercussão positiva entre seus seguidores, ele teria sido procurado por autoridades da agência. “Eu já sou xerife adjunto e policial reserva, mas agora estou me juntando oficialmente ao ICE. Vou prestar juramento o mais rápido possível”, declarou.
Cain argumentou que sua decisão tem motivação patriótica. Ele afirmou que os EUA enfrentam uma crise migratória e criticou duramente as atuais políticas de fronteira, classificando o sistema como “quebrado”. “Esse país foi construído por patriotas que se apresentaram quando necessário, mesmo quando isso não era popular. Eu realmente acredito que essa é a coisa certa a se fazer agora”, declarou o astro, reforçando seu apoio às medidas migratórias mais duras, especialmente aquelas associadas ao ex-presidente Donald Trump.
A declaração de Cain ocorre em um momento em que o governo norte-americano flexibiliza os critérios de ingresso para novos agentes do ICE. O Departamento de Segurança Interna (DHS) eliminou o limite máximo de idade (anteriormente de 37 ou 40 anos) permitindo que pessoas a partir de 18 anos possam se candidatar. O DHS também anunciou incentivos como bônus de entrada, pagamento de horas extras e até perdão de dívidas estudantis, em uma tentativa de ampliar o número de agentes no setor de imigração.
Embora a decisão de Cain tenha sido celebrada por apoiadores do movimento conservador, ela também gerou críticas nas redes sociais e entre grupos de direitos civis, que veem a medida como parte de uma estratégia de militarização da política migratória. Até o momento, o ator não comentou as reações negativas, mas reforçou que pretende usar sua visibilidade para “inspirar outros a servir ao país”.
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