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Nafissatou Diallo quebrou o silêncio. A camareira do hotel de luxo Sofitel de Nova York, que acusou o político francês Dominique Strauss-Kahn de assédio sexual, falou sobre o episódio em uma entrevista para a revista "Newsweek", publicada parcialmente on-line neste domingo.

* "Não esperava que houvesse alguém no quarto. Ele dizia que eu era linda […] Depois corri, fui embora. Tinha medo de perder o meu emprego", disse, confirmando que Dominique a forçou e agrediu. "Por causa dele, agora sou chamada de prostituta. Quero que ele vá para a cadeia. Quero que saiba que, em certos lugares, você não pode usar seu poder ou o seu dinheiro", completou.

* Do outro lado da história, os advogados de DSK declaram que a busca de Nafissatou pela mídia é oportunista: "A conduta dos advogados dela viola regras fundamentais da nossa classe". Para as autoridades, Kahn diz ser inocente de todas as acusações – coro endossado pela opinião pública após uma reportagem publicada no jornal "The New York Times", no dia primeiro de julho, que levantava suspeitas de que o sexo entre os dois teria sido consensual – abalando a credibilidade da camareira.

* Mesmo assim, os prejuízos políticos de Strauss só aumentam. Apesar de ter sido liberado da prisão domiciliar no início de junho, ele era, até então, pré-candidato do Partido Socialista nas eleições presidenciais francesas de 2012 – possibilidade agora impensável. Também teve de deixar o cargo de diretor-geral do FMI, o Fundo Monetário Internacional, logo após ser ser detido, no dia 14 de maio, no aeroporto John F. Kennedy, nos Estados Unidos.

Capa da revista "Newsweek": revelações polêmicas

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