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Alberto Hiar, dono da Cavalera, e o cenógrafo Henrique Sauer

Em toda semana de moda paulistana, o desfile da Cavalera é sempre um show à parte. A surpresa para a edição de inverno 2015? Um livro de fábulas pop-up que será instalado na boca de cena da passarela – os modelos vão desfilar contornando a instalação. Em um clima teatral, a obra viva será operada mecanicamente durante o desfile, que será nesta segunda-feira, no Parque Cândido Portinari. No início da apresentação, as páginas do livro abrirão, revelando um cenário com florestas, caveiras e doces, inspirados no mundo de “João e Maria”.  “Recentemente, me tornei avô. Os contos e histórias infantis voltaram ao meu dia a dia. Resolvi trazer isso então para a Cavalera e desenvolvemos essa coleção”, diz Alberto Hiar, dono da marca. “Com a ajuda do Henrique Sauer, vamos levar para passarela um universo lúdico e cheio de surpresas”. Henrique, um dos diretores artísticos da novela “Meu Pedacinho de Chão”, é quem assina a cenografia. É a primeira vez que ele investe em um trabalho de moda de grande porte. E para quem não sabe, Henrique é casado com a atriz Tainá Müller. Confira nossa entrevista:

Glamurama: Como surgiu o convite para fazer o cenário?
Henrique Sauer: Alberto Hiar [diretor criativo e dono da Cavalera] ficou sabendo de mim por um caminho torto. Alguém de sua equipe me conhece e acabou sugerindo o meu nome. Sentei para conversar com Alberto e nos entendemos bem nas ideias.

Glamurama: De que forma desenhar cenário para desfile é diferente de criar para novela?
Henrique Sauer: É bem diferente por causa do olhar das pessoas. Na TV posso manipular o que o público vê por meio da câmera. Mas em uma produção ao vivo, tenho que pensar em um jeito de envolver os espectadores. Dessa forma, o desfile é mais parecido com o teatro.

Glamurama: Como é o cenário?
Henrique Sauer: O livro é uma estrutura de papel envelhecido, feito de páginas de livros reaproveitados. A base central é de ferro e o entorno de MDF, para sustentar a obra. A instalação tem aproximadamente 3 metros de altura e 4 metros de largura. A capa é vinho escuro e tem o símbolo da Cavalera projetado artisticamente pelo cenógrafo Anderson Dias, que cuidou da execução de todo o projeto. A parte interna do livro exibe um cenário de floresta com uma casinha no centro e atrás, montanhas. Além disso, colocamos em torno de toda a passarela folhas espalhadas, como se elas tivessem caído das árvores secas do livro.

Detalhes da cenografia do desfile da Cavalera, que acontece nesta segunda

Glamurama: De que forma a instalação vai interagir com o desfile?
Henrique Sauer: O livro vai abrir uma só vez, no início da apresentação. Depois, as figuras da obra vão ser projetadas. Mais tarde, luzes diferentes vão iluminar a instalação. Mas o livro não vai ficar se movendo o desfile inteiro porque o foco é, claro, a coleção da Cavalera. Não podemos desviar muito o olhar. Não dá pra ser um carro alegórico!

Glamurama: Em quanto tempo sua equipe montará o cenário?
Henrique Sauer: O livro foi feito no Rio. Assim, acredito que deve levar menos de um dia para instalá-lo. Devemos começar neste domingo de manhã e terminar na parte da tarde. No dia do desfile, três pessoas vão operar manualmente o livro, mas não serão vistos pelo público. Eu também estarei presente, mas olhando a obra pela cabine, para dar os comandos finais. Afinal, o desfile lembra um espetáculo de teatro, mas, em nosso caso, não tivemos a temporada de ensaios. (Por Manuela Almeida)

 

 

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