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Benedito Ruy Barbosa e Luiz Fernando Carvalho
Benedito Ruy Barbosa e Luiz Fernando Carvalho || Créditos: TV Globo

 

Benedito Ruy Barbosa e Luiz Fernando Carvalho || Créditos: TV Globo

Por Michelle Licory

Benedito Ruy Barbosa, autor de “Velho Chico”, confessou durante a festa de lançamento da novela das nove, essa segunda-feira no Museu do Amanhã, no Rio: “Antigamente eu deitava no sofá do meu sítio e assistia a três, quatro novelas seguidas. Hoje não consigo mais. Não estou fazendo crítica a ninguém, mas devemos um puta respeito ao público. Tem pai, mãe e filho assistindo. Tem que respeitar. Precisamos resgatar a emoção. Hoje tem excesso de crime, de sacanagem, e falta de amor”.

Então Glamurama foi perguntar para Luiz Fernando Carvalho:

Benedito já disse que não consegue mais ver novela, você é o diretor dele, então que tipo de resgate pretende trazer para o horário nobre e por que, em sua opinião, a Globo está apostando todas as fichas em você [pra quem não sabe, a emissora adiantou “Velho Chico” na grade, a fazendo passar na frente de “Sagrada Família”, que seria a substituta original de “A Regra do Jogo”, buscando recuperar o Ibope com um típico novelão rural]?

A resposta: “Não estamos começando agora”, disse o diretor de “O Rei do Gado”, “Renascer”, “Tieta”, “Riacho Doce”, “Pedra sobre Pedra”, “Irmãos Coragem”… “Me constrange dizer, mas é meu o maior sucesso da década. Isso é uma resposta a uma cumplicidade muito grande com esse diálogo meu com a brasilidade. Fazendo uma autocrítica, nos últimos tempos estávamos devendo essa conversa, esse equilíbrio maior entre o urbano [tema das últimas novelas das nove] e o Brasil profundo. E talvez eu seja o diretor que mais se debruçou na literatura nacional, na estrutura rural, no regionalismo. O momento pedia esse retorno às raízes. E isso é minha especialidade”.

Luiz continua: “É cultura, um universo imenso de pessoas à margem, excluídas. São influências culturais que integram o Brasil todo. Machado de Assis dizia que o São Francisco é o rio da integração nacional. Ele reúne as culturas fundadoras da identidade brasileira. Por tudo isso, ok, somos nós que temos que entrar e falar disso. Se há um legado na TV que trago comigo é esse legado que nasceu fruto da tentativa de representar a obra do Benedito. Então somos nós, mesmo! Isso porque acreditamos na força do país, do território, do subsolo. da mistura de raças e no inconsciente coletivo à espera de suas histórias serem contadas”.

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