Publicidade
Sete Vidas
Domingos Montagner como Miguel || Créditos: TV Globo
Domingos Montagner como Miguel || Créditos: TV Globo

 

Domingos Montagner, protagonista. Em “Sete Vidas”, próxima novela das seis da Globo, ele é um velejador desgarrado, que faz questão de não criar laços com ninguém, é marcado por uma tragédia e guarda um segredo. Ui! Acaba se apaixonando por Ligia [Debora Bloch], perde as rédeas da situação e parte em uma expedição para esquecê-la. No passado, ele foi doador de esperma. De repente, os filhos começam a aparecer, encontrando primeiro seus irmãos pela internet… Foi meteórica a trajetória dele até conquistar um personagem principal? “Não sei se foi rápido. Quando tempo demora pra pessoa virar um protagonista?” Os trechos mais importantes do nosso papo com o ator, aqui embaixo! (Por Michelle Licory)

Barco x Circo

“A viagem para gravar na Patagônia foi muito importante, não só para o treinamento de vela, mas para conhecer velejadores que são muito parecidos com o Miguel. Sou da terra, ficar esse tempo todo no mar não foi fácil, mas o universo do barco é parecido com o do circo [onde ele passou a maior parte de sua carreira como artista]. Essa coisa do cuidado frequente com a estrutura, cabo, corda, a importânica do funcionamento técnico, a preocupação com o clima, vento, tempestade. Também me identifico com o Miguel no aspecto introspectivo, de gostar da solidão.”

Responsável por aquilo que cativas?

“Nunca vivi isso, e só emito julgamento sobre algo que experimentei. A sua vivência que determina como você vai reagir diante de uma situação. Por exemplo: o filho que sempre soube que a mãe tinha recorrido a um doador reage diferente de um que acabou de descobrir. Mas a pessoa querer saber de onde veio, biologicamente, isso é muito natural. De qualquer forma, o Miguel não se sente de forma nenhuma responsável por esses filhos. E eles surgem no mesmo momento em que aparece pra ele a possibilidade de formar uma família com Lígia. Isso tudo é muito conflitante para o Miguel, que tem esse trauma familiar. Ele tem um bloqueio. Familia pra ele é dor. Não querer ter elos, no caso dele, vem de uma imaturidade emocional. Mas nem sempre é assim. Ninguém é obrigado a querer ter família.”

Old school? Nem tanto

“Eu, Domingos, não tenho vontade de discutir esse assunto porque me parece irreversível: a sociedade está se transformando. É um tema já bastante disceminado pra gente, apenas só agora é que está sendo colocado em novelas.” O ator não parece muito “old school” pra, na vida real, recorrer a um banco de esperma para que sua mulher possa gerar um filho? “Nada disso. Se eu estivesse com uma mulher, quisesse filhos e por algum motivo houvesse um problema, eu recorreria, sim.”

 

VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump tenta ressuscitar a franquia Rush Hour ao se aproximar de investidores e de Brett Ratner, num movimento que parece mais político do que cinematográfico. A proposta mistura nostalgia, estratégia cultural e a tentativa de reabilitar nomes controversos, mas enfrenta um mercado que não demonstra demanda real por um quarto filme. O episódio revela mais sobre a necessidade de Trump de reafirmar sua persona pública do que sobre qualquer impulso criativo em Hollywood.
Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise foi o grande nome do Governors Awards ao receber, após 45 anos de carreira, seu primeiro Oscar — um honorário. Em um discurso íntimo e preciso, ele relembrou a infância no cinema e reafirmou que fazer filmes “é quem ele é”. A entrega por Alejandro Iñárritu, seu novo parceiro em um projeto para 2026, reforçou o peso artístico do momento. Nos bastidores, o prêmio foi visto como aceno da Academia a um dos últimos astros capazes de mover massas ao cinema. Uma noite que selou não só um reconhecimento tardio, mas também a necessidade de Hollywood de se reconectar com sua própria grandeza.

Instagram

Twitter