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Jeanne Calment em 1995 || Créditos: Getty Images
Jeanne Calment em 1995 || Créditos: Getty Images

Dona do recorde mundial de longevidade, a francesa Jeanne Calment – que morreu em 1997, aos 122 anos, mais do que qualquer homem ou mulher cujas datas de nascimento aparecem em registros oficiais – agora é alvo de suspeitas de ter roubado a identidade da própria mãe e de ter mentido sobre a idade durante a maior parte da vida. Quem a acusa disso é o matemático russo Nikolai Zak, que acaba de publicar um estudo detalhado a respeito de Calment que está dando o que falar na comunidade científica internacional.

De acordo com Zak, a centenária nascida na pequena Arles, no sul da França, passou a usar o nome de sua mãe quando ela morreu, em 1934, só para não ter que arcar com o pagamento de imposto sobre herança. Com base nessa descoberta, que fez depois de pesquisar durante meses nos arquivos da cidadezinha, Calment partiu dessa para uma melhor há mais de duas décadas com 99 primaveras completadas ao invés das 122 que jurava ter.

Zak enumera em sua pesquisa pelo menos outros 16 elementos para provar a teoria, incluindo uma cópia de um documento da verdadeira Jeanne Calment datada do começo dos anos 1930 na qual a cor dos olhos é descrita como preta, a estatura aparece como sendo de 1,52 m de altura e a forma da testa é classificada como “baixa” – todas essas características físicas diferem da aparência de Calment em seus últimos anos de vida, já como celebridade recordista.

Responsável pela inclusão do nome de Calment no Guinness World Records, o Livro dos Records, o demógrafo e gerontologista francês Jean-Marie Robine declarou que o estudo de Zak é “difamatório”. Muitos colegas dele, no entanto, acreditam que será necessário reforçar a partir de agora a confirmação das idades de pessoas que se apresentam como as mais velhas em suas comunidades. E caso Calment venha a perder o título de mais longeva da história, este iria para a americana Sarah Knauss, morta em 1999, aos 119 anos. (Por Anderson Antunes)

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