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Renato Góes na Revista PODER de Julho || Foto: Maurício Nahas

Aos 30 anos, Renato Góes ganhou seu primeiro protagonista na Globo e está no ar em Os Dias Eram Assim. O pernambucano, que chegou de mansinho e tem mais de uma década de carreira, sabe muito bem aonde quer chegar

Por Márcia Rocha para a Revista PODER de Julho || Fotos: Maurício Nahas

Renato Goés é um homem bonito. Ou “feito à mão”, para repetir suas próprias palavras. Vale deixar claro que essa é uma expressão que ele não usa para se referir a si mesmo – já que se acha um tipo comum – mas entre amigos. “Falo para quebrar o gelo mesmo, já que homem costuma ficar ‘cheio de dedos’ quando vai comentar que acha outro cara bonito.” Para Renato, Domingos Montagner, com quem contracenou em três novelas, era feito à mão. Na última, Velho Chico [Montagner morreu durante as filmagens], ele interpretou a versão jovem de Santo dos Anjos, o personagem de Montagner, na primeira fase da novela.
Aos 30 anos, o pernambucano Renato Góes de Oliveira, que, durante cinco deu vida ao apóstolo João em Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, ganhou seu primeiro protagonista: o doutor Renato Reis de Os Dias Eram Assim. Começou a carreira em 2005, fazendo teatro e cinema (Tropa de Elite e Pequeno Dicionário Amoroso 2, entre eles). Estreou na Globo na novela Pé na Jaca, em 2007, ao lado de Murilo Benício, Deborah Secco, Rodrigo Lombardi e Juliana Paes, entre outros. Atualmente, por conta da supersérie, que começou em abril e vai até setembro, fala que sua vida se resume a trabalho. No dia seguinte ao destas fotos, por exemplo, ia gravar logo cedo. Almoçou no estúdio – um filé de peixe pedido via app – e saiu voando para o aeroporto.

INTENSO COM OS PÉS NO CHÃO
Quando se trata de falar sobre seus filmes preferidos, Renato crava: “O Auto da Compadecida [dirigido por Guel Arraes] é icônico. Também gosto bastante de [Pedro] Almodóvar”. Os Sonhadores, de Bernardo Bertolucci, tem lugar especial em sua lista. “Vi quando estava começando a tentar entender como funciona a interpretação para as câmeras. É um filme que tem uma energia jovem, os atores são muito dedicados, fazem tudo com muita paixão.” A identificação tem razão de ser, já que Renato também é do time dos intensos – com a vantagem de ser racional o suficiente para saber muito bem aonde quer chegar, com direito a metas traçadas para os próximos três anos. Mas que planos são esses, afinal? Ele nem pisca para responder: “Mas se eu contar, não vou conseguir”. E segue firme na discrição, que parece ser sua marca registrada: “Você vai escolhendo os papéis de acordo com o rumo que quer dar para a carreira”, diz ele, que tem Irandhir Santos e Selton Mello como referências. Entre os atores internacionais, é fã de Sean Penn, Johnny Depp e Daniel Day-Lewis. O ator britânico, aliás, declarou recentemente que pretende abandonar o cinema para se tornar estilista. “Duvido! Acho que ele vai fazer as duas coisas ao mesmo tempo e no esquema de sumir uns dois, três anos e, depois, aparecer com um novo projeto.”

No capítulo literatura, ele diz que, em função do trabalho, não consegue ler tudo o que gostaria e que tem alguns livros de cabeceira “daqueles que são para ler e não terminar nunca”. A Arte Secreta do Ator, Um Dicionário de Antropologia Teatral [de Eugenio Barba e Nicola Savarese] e O Poder do Mito [de Joseph Campbell], entre eles. “Sou ligado nessa história de arquétipos. Fiz terapia dos 13 aos 18 anos. Depois, nunca mais voltei. Acho que é porque entendi um pouco como funciona”, conta. Mas por que um garoto de 13 anos foi parar na terapia? Aqui, ele entrega: “Por causa de um vitiligo e me ensinou a lidar com o problema, que está intimamente ligado às emoções”. Corta!

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