Publicidade
Willem Dafoe e Maria Fernanda Cândido em “Meu Amigo Hindu” || Créditos: Divulgação

Biografia foi uma palavra sempre recusada por Hector Babenco em relação a “Meu Amigo Hindu”, seu novo filme que entra em cartaz no 3 de março e que parte da experiência pessoal do diretor, quando teve câncer. “A ideia de ‘olha só o que aconteceu comigo’, de autoajuda, me envergonha. A proposta é uma declaração de amor ao cinema, se deter no aspecto biográfico é uma versão limitada do filme”, comentou Babenco durante coletiva nesta terça-feira, em São Paulo. Por lá estavam também Williem Dafoe – que vive o alter ego de Babenco -, Maria Fernando Cândido e Barbara Paz, mulher do cineasta. Perguntada sobre atuar em inglês, decisão tomada por Babenco depois da entrada de Dafoe no elenco, Barbara respondeu: “Me deu um distanciamento, já que a personagem sou eu [risos]. Na mesma língua não conseguiria”.

Embora não fosse o desejo do diretor, a questão biográfica gerou curiosidade, até mesmo de Dafoe, que confessou que volta e meia, durante as filmagens, perguntava a ele se certas cenas e trechos realmente haviam acontecido. “Às vezes ele me respondia com uma história, às vezes ele falava, ‘você está louco? você é o ego!'”, contou o ator. Mas Barbara “entregou” um trecho do filme que é real: “A cena da chuva (na qual ela sai da piscina e faz uma dança para Diego, personagem de Dafoe) aconteceu há cinco anos. Nós estávamos na praia, ele não estava bem, com febre, e comecei a dançar na chuva. Ele disse: ‘Este é o final do meu próximo filme'”. Outra referência ao “mundo real” é o personagem de Reynaldo Gianecchini, o médico amigo, uma clara referência a Drauzio Varella, que comenta sobre o seu trabalho no Carandiru com o amigo em uma cena. Na época, nenhum dos dois sabia que Drauzio mais tarde lançaria o livro que daria origem a um dos grandes sucessos de Babenco.

Dafoe, perguntado sobre suas impressões da cidade de São Paulo, onde filmou “Meu Amigo Hindu” e antes entrou em cartaz com a peça “A Velha” (quando recebeu o convite de Babenco), respondeu: “O lugar sempre muda, o colorido depende de no que estou trabalhando e com quem estou. Sou uma pessoa urbana, gosto de caminhar pela cidade e isso é difícil em São Paulo. Gosto mais de São Paulo hoje do que no primeiro momento em que a conheci”.

Abaixo, confira o  trailer do longa, que estreia no dia 3 de março e conta com Maria Fernanda Cândido, Selton Mello, Reynaldo Gianecchini e Bárbara Paz no elenco.

Por Verrô Campos

VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR

Ilha privada nas Ilhas Fiji, visitada por Meghan e Harry, está à venda por US$ 78 milhões

Ilha privada nas Ilhas Fiji, visitada por Meghan e Harry, está à venda por US$ 78 milhões

Ilha privada nas Fiji, visitada por Harry e Meghan, volta ao mercado por US$ 78 milhões após um corte de preço. Com cerca de 800 acres, três villas, pista de pouso e amenidades raras, o imóvel figura entre os mais luxuosos do Pacífico. A infraestrutura completa e a associação ao casal real reforçam o apelo comercial da propriedade, que segue direcionada ao público de altíssimo padrão em busca de privacidade e exclusividade.
Quando a Vulnerabilidade Assusta Hollywood

Quando a Vulnerabilidade Assusta Hollywood

Kristen Stewart reacende o debate sobre gênero em Hollywood ao afirmar que atuar é, por natureza, um gesto “não-masculino” por exigir vulnerabilidade. Em entrevistas repercutidas por Yahoo News UK, The Guardian e The Independent, ela critica a diferença de tratamento entre homens celebrados por “profundidade emocional” e mulheres frequentemente rotuladas como “instáveis”. Stewart questiona o prestígio seletivo do Method acting e expõe como a indústria ainda opera sob padrões antiquados de masculinidade. Sua fala provoca desconforto justamente por revelar uma estrutura que já não se sustenta.

Instagram

Twitter