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O xeique Khalifa bin Zayed al-Nahyan || Créditos: Reprodução
O xeique Khalifa bin Zayed al-Nahyan || Créditos: Reprodução

Detalhes de um polêmico processo que começou a ser julgado recentemente no Reino Unido contra o xeique Khalifa bin Zayed al-Nahyan, o atual presidente dos Emirados Árabes Unidos (EAU) e emir de Abu Dhabi, dão uma ideia de sua vida cheia de luxos. A ação judicial está sendo movida por ex-diretores de um escritório de advocacia sediado nas Ilhas Virgens Britânicas, o Lancer & Berkeley Square Holdings, contratado pelo “royal” de 71 anos para ajudá-lo a investir em propriedades de alto padrão na Europa, a maior parte localizada na terra de Elizabeth II.

São dele, por exemplo, um château histórico que fica nos arredores de Londres e é conhecido como Ascot Place, cujo valor de mercado é estimado em quase US$ 75 milhões (R$ 400,7 milhões), e um outro perto do Castelo de Windsor, uma das residências oficiais da monarquia na capital da Inglaterra, que vale mais ou menos o mesmo. De acordo com os acusadores dele, Al-Nahyan teria adquirido essas propriedades – que no total são 140 e valem US$ 7 bilhões (R$ 37,4 bilhões) – por meio de manobras financeiras suspeitas.

Truques à parte, chama atenção o que foi descrito nos autos a fim de evidenciar a rotina nababesca de Al-Nahyan, como possível prova de sua inaptidão para os negócios. Entre outras coisas, ele teria até mesmo o hábito de importar milhares de garrafas da água mineral francesa Evian a fim de encher as caixas d’água de seus endereços, e certa vez se recusou a passar uma noite em uma das mansões que tem em Londres, avaliada em US$ 6,2 milhões (R$ 33,1 milhões), porque a considera pequena demais.

Longe dos holofotes desde 2014, quando sofreu um derrame, Al-Nahyan tem uma fortuna pessoal estimada em US$ 18 bilhões (R$ 96,2 bilhões). Conhecido por ser um modernista entre a família real saudita, o líder árabe é entusiasta dos avanços sociais do Ocidente e praticamente entregou o governo dos EAU para o irmão mais novo, o príncipe herdeiro Mohammed. Fã de corridas de cavalo e de camelo, o xeique afirma que o imbróglio judicial nada mais é do que birra de advogados querendo receber mais dinheiro por seus serviços. (Por Anderson Antunes)

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