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A visita recente do vice-presidente dos Estados Unidos Mike Pence à República da Irlanda é um dos assuntos do momento nos bastidores do poder de ambos os países, e não apenas porque o político ultraconservador e sua mulher, Karen Pence, jantaram com Leo Varadkar, o primeiro-ministro do país europeu que é gay assumido e casado desde 2015 com o médico Matthew Barrett, mas sobretudo por causa do local de hospedagem escolhido pelo americano: um resort de golfe que fica distante cerca de três horas de Dublin, a capital irlandesa, e que pertence a Donald Trump.
Tradicionalmente, visitantes oficiais de outras nações que desembarcam em terras irlandesas são acomodados na residência oficial do “Taoiseach” (pronuncia-se “tíchek”, que é como os irlandeses se referem a seu primeiro-ministro), uma propriedade do século 18 conhecida como Steward’s Lodge e fincada no meio do Phoenix Park de Dublin. A sugestão para que os Pences não ficassem lá teria partido do próprio Trump, que supostamente quis evitar contratempos entre eles e o casal anfitrião e de quebra aproveitou a ocasião para promover seu negócio. Precisa dizer que a ideia do presidente dos EUA não pegou nada bem em nenhum dos dois lados do Atlântico? (Por Anderson Antunes)
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