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Mulheres bonitas, mulheres gostosas. Mulheres que têm um corpão, que malham, colocam botox, preenchimento, silicone e outras maravilhas do mundo moderno. Agora é tudo assim. Mas o que pode explicar, então, a comoção causada pela morte de Ruth Cardoso? Pensei o dia inteiro nisso, enquanto via muito mais gente triste, mexida, comovida do que eu jamais imaginaria. O que era Ruth Cardoso? E o que ela representava para nós, mulheres, e para o Brasil em geral? Nesta noite, quando saía do velório, pensei: aí estava uma mulher de verdade. Sim, porque Ruth Cardoso, profissional brilhante, amiga fiel de seus amigos, uma primeira-dama exemplar e preocupada com o que realmente era necessário, uma mulher que soube levar a família e seu casamento sem jamais perder sua personalidade – e sem impô-la tampouco… Enfim, tudo isso, esses sentimentos misturados, me fizeram pensar que nem tudo está perdido. Pensar e acreditar nisso. Porque a tristeza toda foi, em resumo, porque, brasileiros e principalmente paulistas, perdemos uma mulher de verdade. Ruth Cardoso era uma mulher de verdade. E no fundo, no fundo, perante uma mulher de verdade, todos se curvam. E reverenciam.

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