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J.J. Abrams || Créditos: Reprodução
J.J. Abrams || Créditos: Reprodução

Revelado na semana passada, o mega-contrato de US$ 250 milhões (R$ 1,02 bilhão) que J.J. Abrams assinou com a WarnerMedia pegou muita gente de surpresa. E o motivo é um só: dias antes, a Apple havia oferecido ao diretor e produtor americano nada menos que US$ 500 milhões (R$ 2,04 bilhões) para que ele fizesse exatamente o mesmo que acabou topando fazer para a dona dos estúdios Warner Bros. Pictures, que no caso é a produção de filmes e séries de televisão ao longo dos próximos cinco anos e por meio de sua produtora, a Bad Robot.

E o que o levou, portanto, a escolher um acordo equivalente à metade do anteriormente ofertado? É que Abrams faz parte da turma de diretores de Hollywood que prefere ter controle total sobre a própria obra, e em resumo isso significa que o criador de “Lost” não curte muito trabalhar para os outros e prefere as parcerias nas quais assume os riscos financeiros dos projetos que toca, e que podem ou não se tornar lucrativos.

Sendo assim, a bolada que que Abrams levou da WarnerMedia foi apenas um adiantamento, com a possibilidade de participação futura em eventuais lucros, enquanto o que a fabricante do iPhone lhe ofereceu era um valor fechado apenas por serviços prestados, sem a chance de negociar qualquer tipo de comissão mais pra frente. No passado, poderosos como Steven Spielberg e George Lucas seguiram o mesmo caminho e, graças isso, hoje são os únicos dois diretores hollywoodianos bilionários. (Por Anderson Antunes)

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